A comunidade das cidades satélites sente-se de certa forma enganada pelas promessas do ex-reitor Timothy. O atropelo na aprovação de cursos e políticas educacionais que não foram suficientemente discutidas pela comunidade, em conjunção com a má aplicação de verbas, fez do atual projeto REUNI um mico, uma peça de ficção com fins desvirtuados da expansão e democratização do ensino com qualidade. Considerando os desvirtuamntos da prática colegiada e o autoritarismo com que o REUNI foi implementado na UnB, este plano perde em legitimidade e já nasce morto. O impasse criado deveu-se a forma como o ex-reitor vinha conduzindo as políticas na UnB, com clentelismo, conchavos e atos que estavam aquém da decisão colegiada soberana e de uma discussão aprofundada. A UnB não pde se ater à prazos exíguos do MEC para implementar um programa elaborado de cima para baixo. A Universidade é antes de tudo um espaço de refexão, de pensar, de discussão e de elaboração de novos saberes. A UnB não pode ficar atrelada às decisões políticas de sábios de plantão do MEC. Deve-se exigir prazos maiores e a transiotoriedade da atual gestão não a legitima para implementar um plano de gestão que foi colocado em cheque pela comunidade acadêmica.
O exemplo mais emblemático da atual gestão, se comprometida com a solução da crise de gestão, seria a implantação de um profundo debate PARITÁRIO, pelo tempo que for necessário, sobre o REUNI. Se O MEC não quiser assim, então a autonomia e o espaço de reflexão que deve ter e ser a Universidade, estão comprometidos com o imediatismo burocrático de tecnocratas da educação.
O REUNI deve ser gerenciado pelas unidades acadêmicas de forma paritária, ampla, profunda e amadurecida. Os milhões de reais prometidos não devem servir de justificativa aos milhões que um ensino de péssima qualidade pode gerar nos próximos anos. A Universidade inteligente e livre polemiza, mas não cria problemas, acha soluções.
Veja o que mostra o Correio Braziliense a respeito deste tópico aqui: ESPECIAL
Medo de perder a única chance
Estudantes de Ceilândia e do Gama temem que, com as mudanças na UnB, projeto de expansão da universidade seja mais uma vez adiado
Priscilla Borges
Da equipe do Correio
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário