Estamos representados nas eleições da ADUnB , compondo parte da chapa:
.
http://alternativalivre-chapa2.blogspot.com/
No endereço do Riacho Fundo II cadastrado pela empresa no Fisco funciona filial de igreja evangélica |
Empresário se defende O Correio localizou Cleônides de Sousa Gomes na sexta-feira em seu escritório. Ele se restringiu a dizer que trabalha na administração de contratos dos associados, que seriam 500, e afirmou que “nunca trabalhou para a Editora UnB”, além de sustentar que não conhece o ex-diretor Alexandre Lima. O empresário disse que se manifestará sobre o assunto quando for notificado, sem dizer exatamente de onde espera tal notificação. Sobre o endereço no Riacho Fundo II, onde existe uma igreja evangélica, Cleônides argumentou que já ocupou o local, mas há três anos se mudou para o Setor de Autarquias. “Não estou me escondendo. Meu endereço está no site da empresa. Não foi lá que você se informou para chegar aqui?”, ponderou. " |
A UnB abraçou esta pauta e colocou a questão sobre a paridade entre os três segmentos na UnB como uma das prioridades do debate. Enquanto alguns professores ainda resistem à idéia, apegados à velha estrutura autoritária, novos horizontes se abrem com as opiniões cada vez mais consistentes.
Abaixo há uma coletânea ou links de algumas delas:
O que tememos colegas?
Vanner Boere, Professor Adjunto, IB/UnB
Paridade é "a qualidade de par, de igual; igualdade", segundo o dicionário Michaellis. O que se vê hoje é um remendo pseudemocrático de proporcionalidade 15/15/70 dos segmentos discente, técnico-administrativo e docente, respectivamente. A paridade é por definição a igualdade do peso dos votos dos três segmentos.
A docência, segundo argumentos, é uma atividade norteada pelo mérito acadêmico. Por exemplo, um professor assistente para se tornar adjunto, necessita do mérito da conclusão de um doutorado com a defesa de tese. Os alunos e os funcionários, possuem o mérito de terem sido submetidos às provas (concurso ou vestibular), de caráter público e com altíssima concorrência. Portanto o mérito é intrínseco à atividade funcional ou estudantil dentro de UnB.
Alguns defendem que os funcionários e os alunos não possuem o senso de responsabilidade profissional que um docente possui. Não se pode confundir a responsabilidade profissional com a representatividade acadêmica. Enquanto na responsabilidade profissional somente se pode realizar atos condizentes com a formação (por exemplo, médico,odontólogo, engenheiro civil, etc.), a representatividade pode ser atribuída a quem mereça e possa dignamente exercê-la. Se assim fosse, não teríamos no Brasil um Presidente que somente tem o segundo grau escolar. Gostando ou não, o atual Presidente representa o Brasil com a dignidade do signatário máximo de um estado. Muitos estudantes e funcionários recebem atribuições de alta responsabilidade como a manipulação de material radioativo, gases inflamáveis, controle de dados financeiros, acesso a processos sigilosos, a manipulação de fármacos controlados e assim por diante. Se estas categorias não tivessem um senso aguçado de responsabilidade, não poderiam receber estas atribuições de risco, de sigilo e de confiança. Portanto, afirmar que a responsabilidade do professor é maior, de certa forma é relativo.
Vivemos na Era do Conhecimento. Conhecimento é poder, é capacidade. Os professores, por tempo e por ofício detêm um conhecimento muito superior aos dos alunos ou em relação ao dos funcionários técnico-administrativos. Este conhecimento dá um poder desproporcional aos docentes, instrumentalizando-os na argumentação lógica, através do método científico, a convencer os outros dois segmentos de quais são os melhores rumos para a atividade acadêmica na UnB. Não é assim que ensinamos os jovens? De certa maneira convencendo-os de que aquela determinada teoria, aquele método específico, aquela equação é a mais adequada para explicar ou determinar certo fenômeno?
Então, o que tememos? O debate, a democracia, a repartição de um pouco mais de poder? Fazer ciência é desafiar velhas respostas. Quem teme não desafia.
Nova estrutura política para a universidade
Jorge AntunesProfessor titular da UnB
Prevaleceram sempre, na Universidade de Brasília, as relações de vassalagem e suserania. Nada mudou após o fim da ditadura militar. Nada mudou após as eleições diretas para reitor. Este sempre distribuiu migalhas aqui e acolá para solícitos vassalos que lhe deveriam prestar fidelidade. Durante décadas as redes de vassalagem se estenderam por vários institutos, faculdades e departamentos, sendo o reitor o suserano mais poderoso. Todos os poderes — jurídico, econômico e político — sempre estiveram concentrados no suserano principal. A nobreza da comunidade universitária, integrada de cavaleiros, condes, doutores, duques e viscondes, se encastelava e mamava nas tetas de fundações de apoio. Mas, eis que a terceira camada da sociedade se rebela, toma a reitoria e derruba a nobreza. Paridade. Essa é a palavra de ordem que percorre todos os cantos da Universidade de Brasília. É quase unânime a opinião de que os três segmentos — professores, alunos e funcionários — devam escolher o reitor em eleições diretas, com pesos proporcionais. Proposta velha, requentada, que, se atendida, em nada mudará a realidade triste da academia e do ensino superior público e gratuito. Nas eleições para reitor da UnB, em 2005, foram aplicados os pesos de 70% de poder para professores e 15% para cada um dos outros dois setores: funcionários e estudantes. Após divulgação dos resultados, foram feitos cálculos para avaliar o que teria acontecido caso a votação tivesse sido paritária. Para surpresa geral, constatou-se que o resultado teria sido o mesmo: o vencedor fora bem votado nos três segmentos. Paridade é a palavra que aponta para a solução da crise universitária brasileira, mas não no aspecto eleitoral. A hora é de paridade no governo da universidade. Ao analisar a revolução brasiliense de abril de 2008, alguns analistas rememoram o maio de 1968. Precisamos lembrar, entretanto, que os postulados programáticos do célebre maio de 1968 se espelhavam na luta iniciada em Córdoba, Argentina, em 1918, quando a reforma universitária pretendia acabar com a estrutura feudal da universidade. Os estudantes universitários demonstram, hoje, serem a nata em que está depositada a essência da nação, tal como preconizou Gabriel del Mazo. A rebeldia transformadora dos estudantes, aliada à justa lista de reivindicações por eles apresentada, é o modelo perfeito para a revolução social almejada. Para tanto, a autogestão universitária há de ser a solução e o modelo para o país. Os ideais de Juan Lazarte são colocados na ordem do dia para o século 21: a universidade poderá ser uma grande oficina da ciência, onde estudantes, professores e técnicos administrativos se consagrarão à investigação e à criação de conhecimentos. Só a autonomia plena, independente do Estado e da burocracia, permitirá o congraçamento efetivo da comunidade universitária, esta regendo-se a si mesma. Para tanto, faz-se necessário definir o que é comunidade universitária: os chamados terceirizados e substitutos não podem ficar fora da participação democrática. Em maio de 1996, FHC assinou o Decreto nº 1.916 regulamentando o processo de escolha dos dirigentes das universidades. Naquele momento, o então ministro Paulo Renato festejou o fato, declarando que os professores, não os alunos e funcionários, eram os mais capacitados para escolher o reitor. O recente renascimento do movimento estudantil dá lições de cidadania ao apático movimento docente. A luta aguerrida, organizada e responsável dos estudantes, com a ação direta legítima, mostra que eles têm maturidade para escolher os dirigentes. Nos últimos anos tem sido bem mais fácil ingressar na universidade como professor do que como aluno. A seleção de alunos é criteriosa e rigorosa. O mesmo não ocorre com a seleção de professores. Sobram vagas de professor, faltam vagas de aluno. O desespero provocado pela falta de professores tem determinado a promoção de provas simplificadas para seleção de professores. Enquanto isso, ainda não foi inventado um vestibular simplificado. À comunidade universitária, sem discriminações, sem privilégios, sem médias ponderadas, deverá caber a escolha dos dirigentes. O voto universal será, portanto, o meio correto e justo para as consultas à comunidade: um voto igual, com mesmo valor, para cada estudante, cada professor, cada funcionário. Uma nova estrutura política, realmente democrática e transparente, deverá ser montada. A idéia de paridade ficaria destinada a reitoria colegiada, em governo tripartite. (Correio Brasiliense, 27/04/08).
Sete cenários do passado que não pode voltar
e um cenário novo para o século XXI
(*) JorgeAntunes
ARGUMENTOS CONTRA A PARIDADE: A FALÁCIA DA TRANSITORIEDADE
Prof. Frederico Flósculo Pinheiro Barreto
Departamento de Projeto, Expressão e Representação em Arq. & Urb.
Cinco Perguntas Para Entender a paridade
Grupo de Ocupação da UnB
O ex-diretor-executivo da Editora Universidade de Brasília (UnB) Alexandre Lima não convenceu os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Organizações Não-Governamentais (ONGs). Ele deixou a sessão de ontem, após quase quatro horas de depoimento, sob novas denúncias de desvio de recursos públicos. As mais fortes são supostos direcionamentos de contratos com empresas privadas e ONGs montadas por parentes dele e de funcionários da editora.
No interrogatório, Lima, que já responde a ações por enriquecimento ilícito e improbidade administrativa, admitiu que a mulher, o filho e amigos recebem dinheiro por convênios que ele coordenava (veja quadro, com detalhes, clicando aqui). Até então, os casos mais conhecidos de irregularidades envolvendo seu nome eram compras de nove canetas de luxo por R$ 9 mil e jantares caros com dinheiro que deveria ser destinado à assistência de povos indígenas, por meio de convênio entre a UnB e a Funasa, órgão do Ministério da Saúde.
Lima foi pego de surpresa por perguntas feitas pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), integrante da CPI. Com base em investigação do Ministério Público do Distrito Federal (MPDF) sobre a UnB, Dias trouxe à tona o tráfico de influência para a montagem do que ele classificou como “verdadeiro esquema familiar” envolvendo contratos de convênios da universidade pública. O senador citou, entre outras denúncias, os repasses da Editora UnB de R$ 1,2 milhão à ONG dirigida por Maria Delzeni Ribeiro, que também atuava na editora como prestadora de serviços.
Álvaro Dias não poupou crítica à essas relações familiares. “Delzeni trabalha numa editora, tem ONG que recebe dinheiro da editora, tem uma filha que é sócia do filho de quem coordena a editora e que comanda processo de pagamentos da dona Delzeni, e que autoriza repasses a uma ONG laranja e outras ONGs”, ressaltou o tucano. Em seguida, ele afirmou que se trata de uma “conexão complexa, perigosa e promíscua”. “Tráfico de influência é muito pouco. É uma relação de promiscuidade, complexa, ampla, que envolve interesses familiares”, finalizou.
Quebra de sigilos
Outra revelação foi feita pelo senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), também integrante da CPI. Ele afirmou que a Editora UnB pagou R$ 2 milhões, por “notório saber”, sem licitação, à empresa MI Management. Tal firma, segundo o parlamentar, tem três funcionários — dois auxiliares administrativos e um motorista. Alexandre Lima afirmou que a empresa trabalha com consultores associados. O senador considerou as respostas de Lima “evasivas”.
Também insatisfeito com as explicações, o senador José Agripino (DEM-RN) pediu a quebra de sigilo bancário e fiscal do ex-dirigente da Editora UnB. O pedido foi reforçado por Álvaro Dias. Por falta de quórum, os requerimentos de quebra de sigilo e convocações não puderam ser votados. Elas estarão na pauta da próxima reunião da CPI, sem data marcada. Os parlamentares aprovaram ao fim da reunião requerimento pedindo cópias das auditorias feitas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) e pelo Ministério Público sobre a atuação da Editora UnB.
Marina Mello
Direto de Brasília
O Comitê UnB Livre encontrou a seguinte informação na Internet.
"Estica e puxa
Enquanto o reitor pro-tempore da Universidade de Brasília, professor Roberto Aguiar, tenta arrumar a casa, os diversos grupos políticos da universidade já deflagraram o processo sucessório. Pelo menos dez professores já se apresentaram como pré-candidatos, mas dos três principais grupos políticos da universidade podem sair quatro candidatos principais. O grupo ligado ao PT deverá lançar a professora Lourdes Bandeira, do departamento de Sociologia, segunda colocada na escolha da reitoria pro-tempore. Do mesmo grupo também participa o professor Marco Amato, que é atualmente um dos decanos do professor Roberto Aguiar. O Grupo do PT sempre fez oposição ideológica ao ex-reitor, Timothy Mulholland, sem apresentar força política. A professora Lourdes é também um nome importante na Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República.
Fogueira de vaidades
Outro grupo de expressão é co-liderado pelo professor Marcelo Hermes, UnB Livre, que teve participação bastante ativa nas denúncias contra o ex-reitor por malversação do dinheiro público. O grupo por enquanto ainda não lançou um candidato. Da antiga base de Mulholland pode sair mais de um pretendente. Dentre os nomes está o do diretor da Faculdade de Tecnologia, professor Humberto Abdalla, que deve trazer um discurso de reconstrução da universidade. Para fortalecer a chapa, é possível que haja uma coligação com professores de outros departamentos, como o professor Norair Rocco, do Departamento de Matemática. Ainda do antigo grupo de Timothy pode vir o nome do professor Volney Garrafa, que agora também critica o ex-reitor."
Fonte: http://www.ucho.info/
MPF investiga indícios de enriquecimento ilícito de ex-presidente da Editora UnB
Veja a matéria: Alexandre Lima teve movimentação financeira incompatível com suas declarações de renda de 2004, 2005 e 2006.