domingo, 21 de setembro de 2008

A incompreensível concepção dos candidatos com os fatos estarrecedores recentes


Ainda dentro dessa lógica de apoios, é incompreensível a concepção moral da chapa 73, representada pelos seus líderes. Quando estourou os escândalos, e especialmente do apartamento luxuoso do ex-reitor, ambos Prof. Pimentel e Profa. Sônia Báo não se manifestaram publicamente com indignação. O que estava em jogo não era somente a legalidade do ato, mas a moralidade no trato com a coisa pública. A UnB precisa de alguém com sólidos conceitos morais na sua direção, alguém que sirva de baluarte ético, moral e da austeridade. Alguém que com a liderança, sirva de exemplo aos demais membros da comunidade universitária. Não basta apresentar um currículo com prêmios, comendas e produtividade científica (um termo muito mal definido, aliás).

O que vimos, no passado, foi a rápida mobilização da Profa. Sônia Báo em convocar reunião no Instituto de Biologia para criar uma moção de apoio ao ex-reitor. Uma visão moralmente capenga do fato, apoiando-se apenas no varejão do legalismo. A legalidade do fato foi defendida como se permitida pelo Conselho Diretor da UnB, um grupo de meia dúzia de eminências nomeadas pelo reitor. Esse mesmo havia transformado o Conselho Diretor da UnB por uma norma anômala, em um órgão consultivo-deliberativo, com força maior que o Conselho Universitário (CONSUNI), o órgão máximo deliberativo da UnB. A visão moral da candidata a vice-reitoria é um contra-senso e um insulto à população, e em especial, à comunidade universitária. As desculpas esfarrapadas do ex-reitor encontraram eco na candidata a vice-reitora, carimbando a sua miopia na avaliação da crise. A chancela de incapacidade gestora de crises está indelevel em seu currículo.

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