terça-feira, 30 de setembro de 2008
Diário do Nordeste: Fundações privadas geram distorção no ensino público
Nesta entrevista, o presidente do Sindicato Andes Nacional, Ciro Correia, fala sobre os efeitos negativos das fundações sobre as universidades públicas, destacando que suas atividades, de cunho comercial, desvirtuam as funções básicas do ensino superior gratuito, dentre as quais a pesquisa
Para o movimento docente, é preciso que as instituições públicas retomem para si o papel que delegaram às fundações. De que forma isso seria possível?
Primeiro, é preciso esclarecer que a maioria das tarefas que hoje essas fundações executam em nada se relacionam com as finalidades das universidades públicas. Com a desculpa de “apoio”, essas entidades é que usam da credibilidade da universidade pública para realizar atividades comerciais e se beneficiarem de favores fiscais. Onde elas assumiram funções burocráticas e funcionais nas universidades, isso precisa ser desfeito e isso passa pelo devido provimento de cargos e infra-estrutura da instituição, através do Estado, que é quem tem a responsabilidade de manter e financiar a universidade pública.
A universidade pública dispõe de verba para assumir essas funções?
É preciso garantir verbas para a manutenção da universidade pública e isso não deveria ser problema num País que, neste ano, vai investir cerca de 12 bilhões de reais nas universidades federais, ao mesmo tempo em que vai pagar mais de 100 bilhões de reais em juros para o sistema financeiro nacional e internacional.
Atualmente, qual é a principal fonte de recurso das fundações?
As fundações se beneficiam fundamentalmente de contratos e parcerias com o setor público: órgãos do governo federal, secretarias de Estado, municípios etc. Assim, é uma inverdade quando afirma captar recursos privados que iriam contribuir para financiar a universidade pública.
A sua arrecadação é convertida em benefício das atividades acadêmicas das universidades de alguma forma? O senhor poderia citar exemplos?
Pelo contrário, a arrecadação é utilizada pelas fundações em interesse próprio, criando infra-estrutura para que ela opere dentro da universidade e possa pagar a professores e funcionários para que se dediquem a atividades que não são as de ensino, pesquisa e extensão, previstas como finalidades da instituição.
O senhor vislumbra alguma maneira de essas fundações contribuírem para a melhoria do ensino público?
Não, elas prejudicam o ensino público ao colocá-lo na perspectiva enviesada do interesse comercial, enquanto o ensino deve ser um direito de todos financiado pelo Estado.
Qual é a melhor forma de a universidade pública promover essa extensão de conhecimentos aos setores público e privado? Por meio de convênios?
Em primeiro lugar, o que a universidade pública faz de modo reconhecidamente mais eficiente que o setor privado: formando profissionais qualificados para todos os setores das atividades profissionais de nossa sociedade. Convênios podem e devem ser feitos, desde que na perspectiva de interagir com a sociedade para gerar conhecimento novo ou no estudo de situações que se relacionem com ensino e pesquisa. Isso sempre se reverte em favor do desenvolvimento. Prejudicial é tirar docentes e instituições de sua finalidade na perspectiva de gerar recursos, como as fundações propugnam.
Mesmo considerando incompatível a relação entre universidades públicas e fundações, o Sindicato admite a qualidade do serviço prestado por alguma delas?
A questão não é se há qualidade. A questão dever ser se esses serviços devem se dar no âmbito das universidades.
O movimento dos estudantes questiona, de alguma forma, o fato de pagarem por cursos de pós-graduação e até de graduação que deveriam ser gratuitos?
Sim, e o fazem com razão, uma vez que educação é um direito que deve ser oferecido para todos, em função da capacidade de cada um, como prevê nossa legislação e é óbvio que essa capacidade não se refere à capacidade econômica.
Como manter a qualidade do objetivo fim das universidades — ensino, pesquisa e extensão — se, muitas vezes, as atenções do corpo docente são desviadas para outros fins, como consultorias remuneradas para terceiros via essas fundações?
Provendo as necessárias condições de infra-estrutura nas universidades, condições adequadas de trabalho e salários compatíveis com a responsabilidade de trabalho docente.
O senhor vislumbra alguma mudança nessa realidade a partir do anúncio, o do presidente Lula, de reforço na universidade pública com novos concursos?
Os novos concursos são bem-vindos, no entanto, ainda insuficientes para significarem uma inflexão no sentido de investir o que seria necessário para efetivamente permitir que as universidades atendam à demanda por educação superior no Brasil.
O Andes possui dados sobre a situação das fundações no Ceará?
É longo o histórico de problemas criados por fundações ditas de apoio a universidades públicas no Ceará, em particular os relacionados com cursos pagos, o que é irregular e ilegal nesses casos. Várias publicações do Andes-SN ou de suas seções sindicais já trataram destes problemas. Nesse momento, estamos lançando a segunda publicação especial do Andes-SN sobre a questão: o “Dossiê Nacional 2” , sobre as fundações privadas “de apoio”. Novamente nele o tema aparece na matéria da página 51: “Procurador federal, promotoria e alunos investigam fundações privadas na UFC”. Nesse artigo, são detalhados vários problemas que se relacionam com as cinco entidades “de apoio” que oferecem cursos pagos e usam o nome da universidade para vender serviços ao poder público sem licitação, na mesma linha de atuação que tem gerado escândalos em outras instituições do País.
FIQUE POR DENTRO
Quem é Ciro Correia
O presidente do Andes-SN, Ciro Correia, é livre-docente, professor associado do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo (USP), e possui um extenso currículo de militância em defesa da universidade pública e dos trabalhadores de uma forma geral.
Quando cursava Geologia, na Universidade Estadual Paulista (Unesp), em Rio Claro , interior de São Paulo, onde se formou em 1979, foi presidente do Centro Acadêmico de Geologia e o representante discente no primeiro conselho universitário da recém-criada instituição de ensino estadual.
Em 1980, foi cursar pós-graduação na USP e, dois anos depois, foi admitido como professor do então Departamento de Mineralogia e Petrologia da Universidade.
Ali, imediatamente filiou-se à Associação dos Docentes da Universidade de São Paulo (Adusp) e começou a atuar no movimento docente, intercalando momentos de militância com períodos de maior dedicação às atividades acadêmicas.
Em 1984, foi eleito representante do Instituto de Geociências no Conselho de Representantes da Adusp. Nos dois anos seguintes, conciliou a representação docente com o mestrado em Mineralogia e Petrologia. Em 1988, durante a histórica greve das estaduais paulistas, teve atuação destacada.
De 1991 a 1993, foi 2º tesoureiro da Adusp. Prosseguiu seus estudos e pesquisas nas áreas de Mineralogia, Petrologia, Geotectônica e Geoquímica Isotópica, que lhe permitiram concluir o doutorado em 1994, feito, como o mestrado, em parte na Itália. Em 2001, concluiu a livre docência a partir dos resultados do pós-doutorado realizado na Austrália.
De 2001 a 2003, foi presidente da Adusp. Ao retomar suas funções no Departamento de Mineralogia e Geotectônica, foi eleito chefe do Departamento por dois mandatos (2003-2005 e 2005-2007).
Os principais trechos da cartilha elaborada pelo Andes
"Fundações privadas acabaram por gerar profundas distorções nas atividades de ensino, pesquisa e extensão desenvolvidas na universidade, submetendo-as à lógica do mercado e suas prioridades - incompatíveis com a produção de conhecimento científico e socialmente referenciado"
"É preciso que essas instituições retomem para si o papel que delegaram a essas fundações"
"Os defensores da mercantilização da educação têm disseminado cada vez mais, entre a comunidade acadêmica, a falsa idéia de que as universidades públicas não podem viver sem as fundações ditas de apoio"
"As fundações não são mais do que entes privados intermediando a relação financeira entre os órgãos públicos"
O fim da empulhação do liberalismo econômico do século XX
Caem os pilares de areia que sustentavam a ponte para o Xangri-lá da economia do livre mercado. Caminhavam pela ponte colorida os incautos, os néscios, os vendedores de ilusões. E com verniz acadêmico. O doce acabou.
Como escreveu o sociólogo Cristóvão Feil:
"Quando Stiglitz diz que estamos assistindo a uma “queda do muro de Berlim do liberalismo” não está fazendo retórica vazia. Em novembro de 1989, um muro caiu sobre a esquerda, mesma a que não estava no poder. Em setembro de 2008, cai a muralha mundial do liberalismo sobre o poder do Império."
Atolado em dívidas e em guerras perdidas, os comandantes do USA querem uma saída. O meteoro de 700 bilhões faria mais vítimas do que os grandes dinossauros na Era Jurássica. A economia dos USA se tornaria uma nova Península de Yucatán, cheia de chineses. O meteoro ainda gira sobre a órbita do Planeta USA.
Texto de Vanner Boere Souza. Não reflete necessariamente o pensamento do Coletivo UnB Livre.
domingo, 28 de setembro de 2008
Compromisso
Na nota pública de agradecimento, o reitor escolhido e o seu vice, Prof. José Geraldo e Prof. João Batista, se comprometem pela estatuinte, um dos eixos de luta do Coletivo UnB Livre:
"Com este ponto de partida, esperamos instaurar, com a mediação do Congresso Estatuinte paritário e dos órgãos colegiados deliberativos, um modo republicano, solidário e democrático de gerir a universidade, de forma a garantir a gestão compartilhada, a reestruturação e expansão com qualidade, o ensino com compromisso social, a pesquisa de excelência, a extensão inclusiva e a assistência à comunidade universitária."
Reconhecimento e esperança
sexta-feira, 26 de setembro de 2008
A Chapa 76 vence a escolha para reitor
Prof. José Geraldo de Souza Jr. e Prof. João Batista, candidatos a reitor e vice respectivamente, da chapa 76, obtiveram 51,61% dos votos na disputa pela Reitoria da UnB. Acjhapa 73, composta pelo Prof. Márcio Pimentel e pela Profa. Sônia Báo ficaram com 48,39%.
O diferencial nesse segundo turno foi a participação massiva de estudantes. Mais uma vez, os estudantes mostraram a sua força e decidiram os rumos da UnB, diga-se de passagem , com Maestria.
Parabéns UnB.
quarta-feira, 24 de setembro de 2008
Apupos no reino
Parece que alguns já começaram a realizar a sua catarse e
se apresentam na ante-sala imperial para receber as
credenciais de cônsul honorário do espaço ocupado pelo seu
corpo na Terra, do seu assento, do seu próprio e impalpável
nariz. Postam-se já na fila, esperando obter a chancela no
salvo-conduto para poder atravessar o Paço dos Insanos.
Muitas mensagens circulam por entre as frestas dos palacetes e abafadas pelos sofás de zibelina, não se sabe de onde vêm e para onde deveriam ir. Um apanhado de mensagens são cartas-fantoches ou fantoches em forma de carta, reverenciadamente curvados ao
Imperador. Suas espinhas curvadas põe à mostra as apófises
envelhecidas e as cicatrizes de chibatadas antigas.
Mostra as credenciais de servil-cavalheiro a Vossa Alteza, O Imperador.
Essas mensagens-fantoches utilizam trechos da Cartha de Lo Pacto del Conto del Paco, com um conteúdo de menosprezo à plebe rude, ignara, afoita e sem-modos, que nesses trópicos não sabe se portar frente à nobreza de
tão gentil-homem, Vossa Alteza.
Essas mensagens-fantoches, com deferência, repudiam em igual ou mais grave tom, os apupos
da indiada ignara, que na falta da capacidade de se
expressar, e na ignorância da língua ultramarina,
manifesta-se como os nativos da terra, em uma linguagem ininteligível. Um ritual
muito comum por estas paragens selvagens quando alguma
eminência destoa dos seus ritos tribais. Deve-se
reconhecer que não ocorre nas tribos destes chapadões, a projeção de cupuaçús, de pinhas de castanheira,
nem ovos-de-mutum-açú, nem tortas-de-macaxeira na cara. Talvez a escassez e o apreço às coisas da terra, tão penosamente colhida e feita, lhes sejam caras
Tão diferente das nações civilizadas, onde a figura pública é
mais exposta do que Vossa Alteza Imperial. Onde os tapetes vermelhos são estendidos para que os delicados e reais pés de Vossa Majestade não sejam maculados ao passar sobre a imundície das tabas ao lado.
Aliás, diga-se de passagem, que em algumas nações ricas, ocorre um ritual repugnante, em contraponto aos maus modos dos filhos dessa terra.
Nas nações civilizadas e cultas,o Grão-Alcaide, eminência pública sustentada por doações de ouro a peso, recebe dos
tributados ensandecidos, não somente frescos acepipes, mas uma saraivada de impropérios e críticas nas ruas, por onde passa, para onde vá quando lhes desagradam os modos. De dedo
quanta falta faria um fruto, um inhame, uma iguaria. Impropérios são próprios de civilizações com vasta cultura vernacular.
Ah, a economia sólida dos
civilizados, tão pragmática!
Vossa Alteza não mereceria tamanho destrato como os urros dissonantes desta bugrada. Vossa Alteza,
deveria saber que um homem público nessa nação de caboclos, mamelucos e
cafusos, pode ser apupado por tradição, pode ser questionado,
observado, criticado, ser fotografado e de certa forma
ter sua vida devassada (com exceção dos seus concubinatos e
de seus aposentos mais íntimos, claro). Afinal, a patuléia é ciosa de seus parcos pertences entregues
bona fide à Vossa Alteza. Se Vossa Alteza não sabia, não
está preparada para a investidura do cargo divino requerido, para reger tão inóspita e
tropical capitania. Vossa Alteza poderia permanecer em seu
castelo dourado e procurar um reino encantado para ser
admirado e adorado de forma civilizada. E que os protestos
venham escritos em cartas perfumadas com almíscar e
alfazema, enrolada em envelopes de seda e amarradas com
vibrissas de tigres brancos da Sibéria. E que se propague a
todos os cantos deste rincão que Vossa Alteza foi ungido
por herança e estirpe, com a benção Divina. Tão mais
civilizado!
Texto escrito por Vanner Boere Souza, que não reflete necessariamente o pensamento do Coletivo UnB Livre.
terça-feira, 23 de setembro de 2008
"Que tipo de Reitor será o Prof. Pimentel?"
O professor Márcio Pimentel era de-
cano de pesquisa e pós-graduação do Ti-
mothy em 2006 (e até recentemente, tendo saído
coincidentemente quando cou claro, com a atua-
ção dos estudantes, ministério público e imprensa,
que não havia sustentação para a administração Timothy).
Em dezembro de 2006 o professor Pi-
mentel também presidiu a BEPA (Banca E-
xaminadora de Professor Associado) e nes-
sa condição protagonizou o seguinte epi-
sódio:
Rejeitou a progressão do professor Francisco Pi-
nheiro com o argumento de que este não
possuía produção intelectual relevante.
O recurso impetrado pelo professor Pinheiro fez
ver que a razão não se sustentava: ele
possuía objetivamente produção intelectual
relevante (segundo as tabelas da CAPES,
adotadas como balizadoras no regulamento
da UnB).
O professor Pimentel acata os argumentos do re-
curso, diz que, de fato, a produção era re-
levante, mas mantém o indeferimento ale-
gando que o professor Pinheiro não atuava
na pós-graduação.
Qualquer que seja a justicativa adotada para
essa atitude várias questões colocam o professor Pimentel
em uma situação delicada.
Como pode ser reitor alguém que não de-
monstra respeito pelas regras que ele mesmo
é encarregado de preservar?
O regulamento e o processo instituídos eram
claros: haveria o julgamento do pleito, a decisão, a
apresentação de recurso e o julgamento do recurso.
Como pode alguém se defender daquilo que não
conhece? Como pode o professor Pimentel car à
vontade sabendo que não deu chance de defesa ao
professor Pinheiro?
Como pode ser reitor alguém que demons-
tra pouco apreço por resolver situações de
injustiça?
O professor Pinheiro enviou mensagem ao professor
Pimentel, se pronunciou por várias vezes na
lista da ADUnB, além de ter distribuído 3.000 pan-
etos denunciando a situação.
Como pode ser reitor alguém que ameaça
um professor?
O professor Pimentel se pronuncia apenas após
ter renunciado ao cargo de decano, quando na ocasi
ão o professor Pinheiro publica outra nota na lista
da ADUnB cobrando coerência entre as duas posi-
ções: a renúncia e a aceitação da injustiça.
Se pronuncia para ameaçar, porque se sentiu
injuriado. Nenhuma nota, nenhuma palavra
com respeito aos reclamos do professor
Pinheiro, uma explicação que seja, uma aten-
ção a alguém que clamava por justiça.
Qualquer que tenha sido o sentimento do professor
Pimentel nessa ocasião, como pode ser reitor
alguém que trata com tanta soberba os pro-
blemas daqueles que são atingidos por seus
atos?
Os documentos que comprovam estes fatos est
ão disponíveis no sítio:
www.facp.pro.br/associado.
Estes fatos são pessoais, mas a injustiça
feita a um é o prenúncio de tempos árduos
para todos.
• Não é chegada a hora de termos um ambiente
de maior tolerância na UnB?
• Não é chegada a hora de termos um ambiente
em que os reclamos de justiça encontrem ouvidos
e recebam a atenção devida?
• Não é chegada a hora de continuarmos a tarefa
iniciada pelos estudantes e ministério pú-
blico e prosseguirmos em direção a um ambiente
de maior transparência?
A minha experiência diz que o professor Pimentel
não é a pessoa que precisamos na reitoria da
UnB.
Conclamo toda a
comunidade a votar no
professor José Geraldo.
Francisco A. C. Pinheiro
Professor do Departamento De Ciência da Computação
Debate entre os candidatos hoje
Hoje (23/09) tem um debate entre os candidatos Márcio Pimentel e José Geraldo de Sousa Júnior no auditório Dois Candangos, na Faculdade de Educação, às 18h30 desta terça-feira.
Na quarta (24/09) e na quinta (25/09), os estudante, professors e funcionários técnicos-admisntrativos poderão votar de 8h às 18h nas zonas de cursos diurnos e até 22h30 nas zonas de cursos noturnos.
Veja a compilação do Correio Braziliense:
"Propostas dos candidatos à reitor que concorrem no segundo turno:
Chapa 76 - UnB Século XXI
Reitor: José Geraldo de Sousa Júnior, da Faculdade de Direito (FD) da UnB desde 1985. É graduado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Associação de Ensino Unificado do Distrito Federal (AEUDF). Fez mestrado em Direito, na área de Teoria do Direito, pela UnB e, posteriormente, doutorado em Direito, Estado e Constituição pela mesma instituição.
Vice-reitor: João Batista de Sousa, da Faculdade de Medicina (FM) da UnB.
Propostas:
1. Gestão compartilhada, com mecanismos como orçamento participativo, fortalecimento dos colegiados e criação de um portal da transparência.
2. Excelência na produção dos saberes acadêmicos, investindo em uma nova forma de desenvolver o conhecimento, com interdisciplinaridade e integração entre as unidades de produção do saber.
3. Responsabilidade social, com contribuições para o desenvolvimento econômico, social, político e cultural do DF e do Brasil, a partir de relações de parceria e integração com a sociedade civil e o setor produtivo.
4. Compromisso ecológico, com a implementação da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) nos campi e a observância de requisitos de sustentabilidade ambiental.
5. Atuar com respeito aos direitos humanos, por meio do resgate da dignidade nas relações entre os segmentos da UnB e do investimento na qualidade de vida e nas condições de trabalho.
Chapa 73 - Compromisso com a UnB
Reitor: Márcio Martins Pimentel, do Departamento de Geologia Geral e Aplicada (GEO) da UnB desde 1989. É graduado em Geologia pela UnB, mestre em Geologia Regional pela mesma instituição e doutor em Geocronologia na Universidade de Oxford, Inglaterra. Fez um pós-doutorado na Universidade do Quebec, no Canadá, e outro na Universidade Nacional da Austrália.
Vice-reitora: Sônia Nair Bao, do Instituto de Ciências Biológicas (IB) da UnB.
1. Consolidar o crescimento e a expansão da UnB e o seu papel social no DF e no Brasil. Ampliar a oferta de vagas na graduação, com foco na qualidade.
2. Criação de uma unidade de apoio ao pesquisador, ligada à reitoria, para facilitar a captação de recursos para o fomento da atividade de pesquisa e a publicação de resultados.
3. Reestruturação administrativa da UnB, com ampliação da participação da comunidade acadêmica e transparência nas decisões administrativas.
4. Valorização e respeito aos professores, servidores e estudantes e investimento na infra-estrutura da UnB. Criação de um espaço de convivência, do parque tecnológico da UnB e implementação do Museu Nacional de Ciência e Tecnologia no campus.
5. Ampliar a participação dos estudantes na vida acadêmica, especialmente nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, investindo nos programas de bolsas e na mobilidade estudantil entre a graduação e a pós-graduação."
domingo, 21 de setembro de 2008
O que será que será
Muitos contestadores da gestão do ex-reitor processado, que se tornaram críticos da chapa 73, foram humilhados e ameaçados com processos administrativos e cíveis ao longo desses anos todos. Pessoas sérias, honestas e preocupadas com o bem público. Pessoas que não se calaram no confronto com a truculência do poder. Os nossos detratores são tão covardes que mesmo não tendo poder algum que não seja sobre as nossas próprias idéias, somos ameaçados.
Vivemos atravessando precárias pontes preênseis de um caminho que não foi e nunca será o mais cômodo.
Com uma possivel vitória da chapa 73, estaremos vaticinados ao ostracismo na forma de sermos ignorados como expressões legítimas de um grupo que ousa pensar diferente?
A perseguição dentro da instituição por indivíduos rancorosos (e como os há!) será o nosso cotidiano?
As opções de pressão e de degradação são muitas. Espera-nos o cerco moral de nossas esperanças. Embora estejamos acostumados a viver a “pão-e-água” em um ambiente hostil, acredito que viveremos um mundo na instituição pior do que já vivemos com um retorno da chapa 73 ao comando da UnB. Por essas poucas e suficientes razões acredito que a chapa 73 nunca foi a melhor opção para a reitoria.
Não nos calaremos à mistificação e ao fetichismus da "excelência acadêmica" dissociada da humanização e da democracia na UnB.
Esse texto é de autoria de Vanner Boere Souza e não reflete necessariamente a opinião do Coletivo UnB Livre.
Em tempo: em resposta ao anônimo , os termos "metralhas" e "petralhas" se referindo às chapas concorrentes são engraçados, um bom jogo de palavras. Mas se levado a sério, é muito generalizante e não concordo. Há bons e maus cidadãos em ambas as chapas. Quanto ao meu voto no segundo turno, embora encontre contradições na Chapa 76, ainda assim é uma chapa que confio mais do que a outra chapa.
Vanner
Uma tese sobre fomentar "maior estabilidade institucional"
Talvez tenha passado despercebida a proposta de “dar maior estabilidade institucional” da chapa 73. Esse é um eufemismo para baixar normas rígidas de conduta com vistas ao controle da manifestação de opinião, de movimentos, de passeatas ou de qualquer ato contestatório dentro da instituição. O formalismo dos candidatos a reitor da chapa 73 é propício para que fomentem a criação de novas regras cerceadoras de liberdade, de manifestação pública e uso do espaço. As novas normas serão impostas com vistas a minimizar o risco de ter a autoridade desafiada, mesmo que legitimamente. As punições que poderiam ser atribuídas causariam uma espécie de auto-censura, inibindo iniciativas de contestação e estimulando o silêncio servil do consenso. Esse é um sonho antigo de uma turma de docentes formalistas e autoritários que apóiam a chapa 73.
Por outro lado, cada vez mais a UnB vem servindo a camadas menos elitizadas da sociedade como o resultado das políticas de cotas e a democratização do ensino do MEC. Estão aparecendo grupos sociais bastante heterogêneos dentro da UnB, segmentando-a e reproduzindo os conflitos econômicos, étnicos, ideológicos etc. Nas classes economicamente menos favorecidas é que se esboçam com mais clareza as contradições da assimetria na distribuição de renda no Brasil.
Se um professor, um reitor, não perceber quais os anseios desta nova classe de estudantes, poderão acontecer sérias cisões comprometendo o ensino e a realização de "metas de qualidade". Nesse caso, impõe-se um conjunto de normas que façam com qua as metas sejam alcançadas (vaja nas entrelinhas das propostas dos candidatos),. Normas inclusive e principalmente disciplinares.
As políticas propostas pela chapa 73 não tocam nesse assunto delicado. A chapa é omissa, deliberadamente ou não. O embate entre grupos menos hegemônicos, desejosos de canais de expressão libertários, contra um sistema opressor, rígido, engessado por normas conservadoras, acarretará um acúmulo de problemas administrativos e jurídicos. A academia, nesse caso representada pela UnB, novamente estará sujeita à estigmatização, tanto sob o ponto de vista dos conservadores como dos movimentos populares. Os primeiros detratando os contestadores como "baderneiros" e os últimos como "reduto de nobres despreparados para respeitar a cidadania da plebe".
Para os conservadores, urge uma legislação que iniba as tensões e a inquietação da comunidade universitária. A elite é agonofóbica e não admite qualquer concessão que abale o status quo. A “maior estabilidade” da instituição, se baseada em novas normas de conduta e novos crotérios de punição, teria o efeito exatamente oposto se efetivada com a perspectiva conservadora, atrasada e formalista da chapa 73.
O texto é de autoria de Vanner Boere Souza e não necessariamente reflete a opinião do Coletivo UnB Livre.Captação de recursos e privatização, uma via torta da chapa 73 para a universidade pública
Entre as propostas de gestão da chapa 73 está a ênfase na captação de recursos. Lógico que com mais dinheiro, há maiores possibilidades de executar políticas de ensino, pesquisa e extensão. Por trás desta lógica de aumento da captação está o mito de que as verbas públicas insuficientes para manter a UnB são a causa dos problemas da instituição. Certamente são escassas as verbas para uma UnB que deveria seguir o seu caminho de crescimento. Ocorre que as verbas públicas que aportaram à administração da UnB foram mal gastas. O noticiário deixa explícito estes desvios na aplicação do dinheiro público. Há mau gerenciamento também. Compra-se caro e errado. O estancamento dos vazadouros de verbas na UnB poderia drenar um considerável aumento de verbas em projetos de ensino, pesquisa e extensão. O mais importante, dando oportunidades para que talentos em estado vegetativo pudessem desenvolver seu potencial em pesquisa e/ou extensão.
A captação de verbas proposta pelos candidatos tem outra face mais perversa. Onde há muito dinheiro é na iniciativa privada e nas autarquias. Com projetos de captação de verbas a UnB teria que se tornar atrelada aos interesses de grandes corporações, não necessariamente cumprindo o seu objetivo social. As grandes corporações visam antes de mais anda o maior ganho, o lucro, e não garantem que estes ganhos sejam para projetos de amplitude social que possa melhrar a qualidade de vida da população de menor renda. Ora, a UnB é uma Universidade Pública, sustentada por verbas públicas originárias da contribuição fiscal de todos os brasileiros. A UnB paga os salários dos seus servidores com dinheiro público. As fundações terão um papel fundamental nesse processo de captação de verbas, tornando-se fortalecidas em caixa e funcionando sem controles. Se a UnB vai servir mais ao privado do que ao público, então temos um desvirtuamento da função social da Instituição.
Há outras formas de captar recursos> Por exemplo, aumentar as taxas e cobrar por espaços e serviços da UnB. Com a gestão da chapa 73, abre-se um campo para que a instituição cobre taxas administrativas maiores (ditas como “mais justas”) de matrícula, de emissão de documentos, de tramitação de processos, etc.
Pode se ver o futuro RU com refeições mais caras e por que não, com terceirização em regime de comodato das suas instalações. Os estacionamentos poderão ser pagos, poderá haver concessão por comodato (20 anos) para espaços para grandes redes de supermercados, shoppings e lanchonetes de fast food. Criação de apart-hoteis para servir aos estudantes (que puderem pagar). Transformação em autarquia o HUB, locando os espaços à iniciativa privada na saúde. A UnB se transformaria em um grande centro de mercado dada a sua posição privilegiada no Plano Piloto tanto quanto a sua população flutuante de estudantes, professores, funcionários e familiares; e clientes. Sem dúvida, seria um grande negócio para captação de recursos.
O texto é de autoria de Vanner Boere Souza e não reflete necessariamente a opinião do Coletivo UnB Livre.
A incompreensível concepção dos candidatos com os fatos estarrecedores recentes
Ainda dentro dessa lógica de apoios, é incompreensível a concepção moral da chapa 73, representada pelos seus líderes. Quando estourou os escândalos, e especialmente do apartamento luxuoso do ex-reitor, ambos Prof. Pimentel e Profa. Sônia Báo não se manifestaram publicamente com indignação. O que estava em jogo não era somente a legalidade do ato, mas a moralidade no trato com a coisa pública. A UnB precisa de alguém com sólidos conceitos morais na sua direção, alguém que sirva de baluarte ético, moral e da austeridade. Alguém que com a liderança, sirva de exemplo aos demais membros da comunidade universitária. Não basta apresentar um currículo com prêmios, comendas e produtividade científica (um termo muito mal definido, aliás).
O que vimos, no passado, foi a rápida mobilização da Profa. Sônia Báo em convocar reunião no Instituto de Biologia para criar uma moção de apoio ao ex-reitor. Uma visão moralmente capenga do fato, apoiando-se apenas no varejão do legalismo. A legalidade do fato foi defendida como se permitida pelo Conselho Diretor da UnB, um grupo de meia dúzia de eminências nomeadas pelo reitor. Esse mesmo havia transformado o Conselho Diretor da UnB por uma norma anômala, em um órgão consultivo-deliberativo, com força maior que o Conselho Universitário (CONSUNI), o órgão máximo deliberativo da UnB. A visão moral da candidata a vice-reitoria é um contra-senso e um insulto à população, e em especial, à comunidade universitária. As desculpas esfarrapadas do ex-reitor encontraram eco na candidata a vice-reitora, carimbando a sua miopia na avaliação da crise. A chancela de incapacidade gestora de crises está indelevel em seu currículo.
Quem está entre os apoiadores da Chapa 73
A chapa 73 tem entre seus apoiadores a maior parte do pessoal que formou a temerária gestão passada. São funcionários técnico-administrativos e principalmente docentes que ocuparam cargos de confiança e chefia na gestão Timothy, cujas candidaturas se sedimentaram não apenas pela competência, mas principalmente graças ao servilismo e às facilidades em diversos níveis. Não pareceu ter na gestão passada, entre esses apoiadores, gente com espírito crítico e corajoso para defender meios mais participativos de decisão. Estas pessoas formam uma espécie de confraria do poder, cada qual recebendo o seu quinhão de simpatia do seu líder imediato. Os votos e a campanha desse grupo pró-gestão passada não ficaram depositados no vazio; eles irão querer a recompensa. O comprometimento desses votos à candidatura da chapa 73 é temerário, fragilizando qualquer resquício de seriedade nas falas do candidato e da candidata. Uma vitória possível, mas improvável, da chapa 73, significa a recondução desta confraria de poder à esfera máxima de decisão da UnB, tomando decisões, dificultando a vida dos não-apoiadores e manejando as verbas ao seu bel prazer. A continuidade de práticas que levaram a UnB a ser tão mal vista no Brasil é obnubilar o futuro tão promissor que os estudantes iluminaram em nossos corações. Esta é base de sustentação que comporá a administração da chapa 73. Queremos essas pessoas de novo no poder?
O texto é de autoria de Vanner Boere Souza e não representa necessariamente a opinião do Coletivo UnB Livre.
A Chapa 73 tem compromissos com o passado tenebroso
Compromisso com o pessoal investigado da gestão “timotista”
A Profa. Sônia Báo foi durante muitos anos Coordenadora de PIBIC na primeira gestão do ex-reitor processado Timothy Mulholland. O Prof. Pimentel foi Decano de Pós-graduação na segunda gestão do ex-reitor. Ambos participaram ativamente na sustentação de poder e das políticas impostas por Timothy, aquela gestão que desmobilizou, cooptou e desmoralizou os órgãos colegiados. Foram coniventes, partícipes contemplativos ou proativos, deste caráter anti-democrático que se instalou durante dez anos na Instituição. Podem dizer que não, assim parecerão mais palatáveis ao eleitor, mas os fatos demonstram que juntos estiveram até a derrocada. A Professora Sônia Báo coordenou atos institucionais de louvor à gestão tenebrosa do ex-reitor processado e da Fundação sob intervenção. Além disso, são amigos ou bons companheiros do ex-reitor. Portanto evitar ou negar esta relação com o passado (quase ontem) e com as políticas do período Timothy é incoerente. Se há um compromisso pessoal é difícil afirmar; quanto às idéias do ex-reitor que como se sabe é uma das personagens que mais envergonham a UnB, pode se perceber uma simiesca relação.
Este comentário é de autoria de Vanner Boere Souza e não necesariamente reflete a opinião do coletivo UnB Livre.
sábado, 20 de setembro de 2008
quinta-feira, 18 de setembro de 2008
Resultado da escolha do reitor no primeiro turno
Márcio Pimentel = 4936,6 votos.
Volnei Garrafa = 3405,9 votos.
Michelângelo Giotto = 841 votos.
Maria Luísa Ortiz Alvarez = 749,55 votos.
Jorge Antunes = 737,77 votos.
domingo, 14 de setembro de 2008
IMAGÉTICA: CANDIDATURA DO PROF. JORGE ANTUNES
IMAGÉTICA: CANDIDATURA DO PROF. MICHELÂNGELO TRIGUEIRO
IMAGÉTICA: CANDIDATURA DA PROFA. MARIA LUISA
IMAGÉTICA: CANDIDATURA DO PROF. VOLNEY GARRAFA
IMAGÉTICA: CANDIDATURA DO PROF. MÁRCIO PIMENTEL
Tecnologia para quê e para quem? Primeiro lugar em quê e para quê? Ser a melhor universidade COMO? Quem quer a UnB em primeiro lugar tão depressa, pode não ver a paisagem ou esquecer o passado...
Alguns anúncios geniais me inspiraram para interpretar algumas candidaturas para reitor da UnB, na atual conjuntura. São tragicômicos.
Vanner
IMAGÉTICA: CANDIDATURA DO PROF. JOSÉ GERALDO
quinta-feira, 11 de setembro de 2008
A Assembléia da ADUnB: malandragem de kichute
Na tradição brasileira, nesse horário, nesse dia da semana, preparam-se os agastados funcionários públicos, para o retorno ao lar ou ao encontro semanal com os amigos íntimos. A família espera os funcionários (pais, mães e filhos) para o reencontro de final-de-semana e o convívio familiar. Mutos moram a dezenas de quilômetros, chegando em casa após três ou quatro horas de viagem desgastante.
A marcação da Assembléia da ADUnB nesse horário é justificada pelos dirigentes da ADUnB sob nova direção como sincronizada com um coquetel de boas vindas aos novos representantes do conselho, que se realizará logo após a mesma. Dado que se discutirá entre outras coisas a desfiliação da ADUnB do Conlutas, um desejo ardente do sindicalismo pelêgo e submissso, a assembléia marcada nesse horário parece mais uma ardilosa manobra para desmobilizar a massa dos professores de seu sindicato.
Antevemos uma Assembléia parecida com aquela intempestiva e falaciosa assembléia dominada pelos "camisas novas" ou "timotistas" que "apoiaram" o suposto quadrilheiro ex-reitor na gestão tenebrosa. A assembléia nas atuais condições pode ser interpretada como uma forma de diversionismo ao deslocar os professores de sua verdadeira luta por melhores condições de trabalho e uma universidade verdadeiramente pública.
Não é estranho que os apoiadores do timotismo estejam tentando fazer mais uma manobra de desastre para quebrar as conquistas sociais e trabalhistas dos docentes das universidades públicas. Estranha é a forma descarada de manobra, a falta de um mínimo de senso político para o momento que vivemos. As eleições a reitor, tão sérias e delicadas nesse momento da instituição, dominam a pauta política e acadêmica da UnB. A convocação da Assembléia Geral nesse momento, a uma semana da escolha pelo sufrágio para reitor, associado ao horário de convocação, é um desatino ou um golpe rasteiro. Ou ambos.
A Diretoria da ADUnB-Seção Sindical, no uso de suas atribuições, convoca seus associados para a Assembléia Geral, a ser realizada no dia 12/09/2008 (sexta-feira), às 17 horas, no Auditório da Eng. Civil - FT, para discussão e deliberação a respeito dos temas constantes da seguinte pauta:
1. Informes;
1.2 – Visita aos Colegiados das Unidades da UnB a partir do dia 8/8/2008;
1.3 – Debate sobre Organização Sindical e a Carta Sindical promovido pela ADUnB no dia 3/9/2008;
1.4 – Resultado parcial da pesquisa de opinião dos professores apoiada pela ADUnB;
1.5 – Homologação dos novos sócios;
1.6 – Outros.
quarta-feira, 10 de setembro de 2008
Estudantes de Alagoas ocupam a reitoria; e do Rio de Janeiro também
"Alunos ocupam reitoria da Uncisal após nota ruim da instituição
Universidade de Alagoas foi a pior em ranking divulgado pelo MEC.
Estudantes querem melhores condições de ensino.
Estudantes da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal) ocuparam a reitoria da instituição, no fim da manhã desta quarta-feira (10). O ato é um protesto pelo mau desempenho da universidade em ranking divulgado pelo Ministério da Educação (MEC). A Uncisal, que é estadual, teve o pior Índice Geral de Cursos (IGC) entre as universidades do país. "
"Estudantes ocupam reitoria da Uerj e pedem suspensão do vestibular
11/09/2008 - 20:05:57
Cerca de 300 estudantes de todos os cursos ocupam há quase vinte e quatro horas a reitoria da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Os alunos pedem, entre outras coisas, a suspensão temporária do vestibular, a melhoria na infra-estrutura da universidade e o aumento do número de professores e técnicos administrativos contratados". Cique aqui para ver matéria completa no Jornal de Brasília.
A ESCOLHA CONTINUA
Adiamento da escolha de reitor na UnB?
Saiu no Correio Braziliense: "A eleição para reitor da Universidade de Brasília (UnB), marcada para 24 e 25 de setembro, pode estar ameaçada. Por causa da paridade, o Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF/DF) recomendou à universidade que suspenda a eleição. A Resolução nº 17/08, do Conselho Universitário (Consuni), prevê peso igual para o voto de docentes, alunos e servidores, o que contradiria a legislação.
Segundo o MPF, a eleição deve ser suspensa porque a resolução vai de encontro às Leis 5.540/68 e 9.192/95. Elas determinam que o voto dos docentes terá peso de 70%, sem possibilidade de ser estabelecido um percentual diferente. O que pode mudar é o peso do voto dos alunos e dos servidores. O MPF recomendou também a abertura de novo prazo para inscrições e desistências de chapas, sem a paridade e de acordo com a percentagem estabelecida pelas duas leis.
A Universidade de Brasília tem cinco dias úteis para informar ao Ministério Público Federal quais providências serão tomadas. Se a UnB não acatar a recomendação, o MPF vai entrar com ação na Justiça Federal."
Grampos na UnB
O reitor protempore da UnB e seu chefe de gabinete também foram grampeados. A nptcia não é nova mas as conclusões preliminares da Polícia Federal começam a ser divulgadas. Foi coisa de profissional. Quem foi? Solte a sua imaginação e verás a quem interessava a espionagem.
Veja a reportagem completa clicando aqui.
terça-feira, 9 de setembro de 2008
Precarização do ensino superior: o exemplo dos professores substitutos
Um colega da Universidade Federal de Juiz de Fora me enviou esta mensagem com o contra-cheque de um professor substituto. A situação desses colegas substitutos é uma vergonha. É o vilipêndio dos cientistas, dos mestres, dos professores. Envergonha anda mais quando alguns "nobres" queriam transformar a Universidade brasileira em reinos de opulência e luxúria.
Desde o final do ano passado, a Administração Universidade vem incentivando a contratação de professores em regime de 20 horas, justificada pelas regras do professor equivalente, que permit=e a contratação de mais professores 20h em detrimento dos de 40h e DE . Várias unidades passaram a responsabilidade de inúmeras disciplinas para substitutos, que hoje tem suas condições de trabalho extremamente precarizadas. Qual será a repercussão dessa política para o ensino na UFJF? Será que é assim que o governo quer valorizar o trabalho docente? No final do ano passado, a Universidade aderiu ao REUNI, propondo a criação de vários cursos, desconsiderando a necessidade de um debate mais aprofundado sobre o tema.O reflexo dessa decisão já começa a aparecer para o próximo vestibular, uma vez que a aprovação dos processos de criação dos cursos demonstra grande fragilidade com a preocupação acadêmica. A discussão no CONSU se deu a toque de caixa, sem que houvesse pareceres favoráveis de vários departamentos que terão que aumentar o número de alunos em diversas disciplinas para atender a demanda desses novos cursos.
O déficit de docentes é incontestável e apesar dos anúncios de concursos públicos o que cresceu, proporcionalmente,nos últimos anos, foi o número de substitutos. Como garantir a criação de cursos de qualidade com essa precarização do trabalho?
A situação vivenciada pelos professores substitutos não é um problema isolado desses professores e sim um problema de todos os docentes da UFJF, pois essa situação compromete o trabalho docente, a dignidade do trabalho e a qualidade da Universidade brasileira.
VENHA DAR AULAS PROFESSOR TIMOTHY!
Há três meses, uma mesma pergunta paira sobre a comunidade acadêmica da Universidade de Brasília (UnB): por onde anda Timothy Mulholland? O ex-reitor se afastou da universidade em 11 de abril com um pedido de licença médica não remunerada, com duração de 60 dias. Três dias após o afastamento, ele renunciou ao cargo de reitor. Mas a licença venceu em 2 de junho e Mulholland não foi mais visto pelos corredores da UnB.
Após haver renunciado ao cargo, Mulholland — que é professor do Instituto de Psicologia (IP) — deveria ter voltado para a sala de aula com o término da licença. Os professores da UnB não batem ponto, mas assinam uma folha onde atestam que cumprem a carga horária na universidade. Nos relatórios do IP, consta o nome do ex-reitor. Segundo os registros, ele esteve na universidade entre 3 de junho e 10 de agosto, quando saiu em nova licença, desta vez remunerada. As aulas do segundo semestre de 2008 começaram em 11 de agosto.
Licença especial
A época do retorno de Mulholland coincide com as férias na instituição de ensino e, por isso, ele não foi visto pelos alunos. O secretário de Recursos Humanos da UnB, Afonso de Souza, não sabe dizer se o professor chegou a executar projetos para dar aula ou se apenas envolveu-se em pesquisas no tempo em que foi à universidade — o que faz parte do trabalho de um docente universitário. Souza também não soube informar por quanto tempo o ex-reitor ficará afastado. “A licença especial pode ser de até seis meses. É a antiga licença-prêmio, aquela que era direito de todo funcionário público até 1990, a cada 10 anos de trabalho. Timothy tirou a sua referente ao período de 1976 a 1989. É um direito adquirido”, explicou o secretário. “Não chegou nenhuma ordem da Justiça para não concedermos licenças para ele”, argumentou.
O advogado do ex-reitor, Aldo de Campos Costa, afirmou que seu cliente está em Brasília e que saiu de licença para tratar de assuntos pessoais. Costa não explicou quais. Alunos de psicologia cobram o retorno de Mulholland para a sala de aula. “Qual o critério para darem para ele essa bolsa remunerada? Normalmente, ela é dada a professores na ativa que se licenciam para fazer pós-doutorado, por exemplo. Mas ele estava na administração da universidade e não em uma classe”, comentou um estudante que não quis se identificar. (GR) "
Correio Braziliense de hoje (9/9)
MAIS UM PROCESSO CONTRA O EX-REITOR
A imprensa noticia mais um processo por peculato contra o ex-reitor e alguns de seus auxiliares. Veja clicando aqui.
Em resposta ao nosso comentário:
"Sim,
Não há motivos para recuperar uma equipe passada. Não quero isso para a UnB, e acho que a UnB não quer isso para ela mesma. Temos muita gente competente na nossa universidade para preencher cargos e isso deve ser feito ouvindo a comunidade. Não podemos impor nada a ninguém. Nossa chapa não tem cargos loteados. Definidos, apenas os de Reitor e Vice-Reitora.O resto será discutido com muita calma, ouvindo todos. Mas uma coisa é absolutamente certa: NÃO HÁ PORQUE TRAZER DE VOLTA O PASSADO. Temos um nome a zelar: o da UnB. Temos um futuro brilhante pela frente e temos que cultuar isso.
Atenciosamente
Chapa 73 - Márcio Pimentel"