São mostradas em três partes. Algumas são chocantes e doloridas; outras são lindas. Veja aqui:
Parte 1
Parte 2
Parte 3
Wall Street responde a crisis financiera con bromas | |||||
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Nueva York, 2 de diciembre, RIA Novosti. La recesión que azota a Wall Street, otrora un símbolo del poderío financiero de EEUU y hoy en día principal culpable de la crisis global, se manifiesta estos días no sólo en la pérdida de billones de dólares y miles de empleos sino también en bromas y chistes que circulan de boca a boca, en chats o por correo electrónico.
Y aunque sea una manera de reír con lágrimas, genera mayores esperanzas de estabilización que las promesas gubernamentales.
"Fui a comprarme una tostadora y me regalaron un banco" es uno de los chistes más recurrentes hoy en EEUU donde quebraron más de 20 instituciones financieras en lo que va de año.
La drástica caída de las bolsas dio origen a otro chiste, el de un ejecutivo anciano intentando tranquilizar a los accionistas: "Hace 40 años, vendí 500 títulos de nuestra empresa y me compré una camioneta Ford de 1967. La semana pasada, vendí otros 500 títulos y otra vez pude adquirir una camioneta Ford del mismo año".
El mercado hipotecario fue la primera víctima de la crisis que se desencadenó en verano pasado. Desde entonces, los precios inmobiliarios cayeron en un 20% como promedio. Como resultado, urbanizaciones enteras en las zonas turísticas de Florida y California permanecen ahora sin un solo inquilino.
"Elimine el elemento que está de más en la siguiente cadena lógica: sífilis, herpes, sida, condominio en Miami. La respuesta es sífilis porque se cura", bromean a este respecto los inversores.
Publicado hoje (2/12/08) na agencia RIA Novosti. Mantivemos o idioma espanhol para não perder a originalidade.
Hoje estive no HUB. Fui acompanhar um paciente e na espera do atendimento fiquei rondando por lá. Não é um espaço que eu vá, mesmo que esporadicamente. Não quero ir, cemitério e hospital são dois locais que me trazem a lembrança do sofrimento. Mas deveria ir mais, me envolver mais com aquele espaço público de desafios entre o sofrimento e o linimento. Entre a dor e a esperança. Deveria me envolver mais como professor, servidor público e cidadão.
Em uma sala um atendente mostrava orgulhoso um computador para uma colega, que havia conseguido de um outro setor. Um computador com Windows 98, da geração Pentium alguma-coisa. Ele estava orgulhoso por ter recuperado aquele aparelho e colocado a funcionar. No momento navegava na internet, sem nada mais urgente para fazer.
Fiquei observando a arquitetura do prédio principal. As paredes externas e a decoração são austeras, frias, sem graça e sem energia. Não chegam a ser hostis, mas são cores e contrastes que velam pelo sofrimento. Não irradiam esperança.
Ao sair pensei que as coisas estão funcionando por lá. Essa foi uma impressão ligeira. Claro que há melhorias gigantescas a fazer e que minha rápida visita não permitiu aquilatar com mais profundidade. Na linha de mudança prometida pelo atual reitor, me questionei se o HUB precisa de uma administração colegiada, com maior participação de segmentos da sociedade. Para angariar mais fundos, apoiar mais pesquisas e mais ação médica e paramédica naquele espaço. Investir mais em saúde preventiva e menos curativa.
Verdade que há escassez de verbas no sistema de saúde no Brasil. Ou melhor, as verbas são desviadas. A mídia está dando destaque essa semana ao grave problema da FUNASA, denunciada inclusive pelo Ministro da Saúde. Que recebeu um puxão-de-orelha dos chefões do seu partido para não mexer nesse vespeiro ou nessa mina de ouro. Um jogo político que envolve toneladas de dinheiro, empurra parte desta verba para paraísos fiscais, fazendas e doleiros.
Foram só algumas impressões. Há muito que fazer, eu sei. De todas as impressões, uma sensação daquele ambiente está me inquietando. Parece haver falta de mulher na administração, na condução daquele espaço. Explico-me: parece haver falta de uma mão feminina, de decoração feminina, do arranjo feminino daquela espaço. Senti a falta disso. Não vi uma estética feminina. A sobriedade do ambiente me parece com a falta de um acolhimento materno. Falta uma estética feminina com mais cores, contrastes, flores, mais detalhe, mais vida, mais sorrisos iluminados que só as mulheres possuem. Talvez, mesmo com as dificuldades, o investimento em um ambiente mais feminino, pudesse diminuir o sofrimento e dar a esperança que só as mães, mulheres, podem dar à dor dos filhos e filhas. É isso, nesse momento, acho que falta um pouco mais de feminino no HUB.
Vanner Boere, Professor.
O texto não reflete necessariamente o pensamento do Coletivo UnB Livre.
Pauta da Carta de Princípios elaborada pelo DCE:
1. Defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e a serviço de uma sociedade mais justa;
2. Pela não implementação do Reuni (Decreto de Expansão do Governo Federal) até que haja amplo debate com toda a comunidade universitária. Expansão da UnB com recursos correspondentes, garantindo de forma qualitativa o tripé da universidade: pesquisa, ensino e extensão;
3. Pelo fim das fundações privadas nas universidades públicas;
4. Priorização da política de assistência estudantil, como dimensão importante do papel da universidade na manutenção do estudante, garantindo seus direitos;
5. Concurso público para contratação de professores e servidores técnico-administrativos de forma a suprir o atual déficit no quadro da UnB;
6. Pela paridade nas eleições para todos os cargos eletivos da universidade e na composição de todas as instâncias deliberativas da UnB;
7. Convocação do Congresso Estatuinte Paritário, para discussão do modelo estrutural de nossa universidade;
8.Pela construção imediata de um Restaurante Universitário no campus de Planaltina;
9. Pela ampliação dos horários de circulação do transporte interno e gratuito da UnB e que este faça o trajeto até a rodoviária;
10. Construção de novos prédios de moradia estudantil, e reforma dos prédios usados atualmente, preservando a dignidade dos moradores.
Há dor no teu rosto lívido. Não é a dor física de chorar, de olhar o ferimento, de lamentar o sangue empapado.
É uma dor das piores, daquelas que não se descreve e nem o choro resolve.
Há a dor da incompreensão no teu olhar focado no grupo de policiais. Uma dor de sonho desfeito, dor de ultraje. Dor de mulher, de mãe, de geradora que nutriu os desejos de saber das crianças, de contar até dez nos dedinhos, até cem...até não sei quanto de tantos sonhos que nos concedeu a todos, crianças quando fomos...dor de criança que foi um dia. Desencantada, não entende como podem tratar com tanto desprezo aquela que tentou educar a mão para o acolhimento. A mesma mão que lhe bate.
A Diocese de Brasília proibiu o ex-frade Leonardo Boff de fazer uma palestra, no fim desta tarde, durante o encontro chamado "Cebração Latino-americana e Caribenha - 800 anos de Carisma de São Francisco", que reúne cerca de 1.200 pessoas entre religiosos e leigos de nove países.
O encontro foi aberto ontem à tarde no Colégio Santo Antônio e será encerrado amanhã com uma caminhada até o Palácio do Planalto. Ali, os organizadores do encontro entregarão ao vice-presidente da República José Alencar o documento "Carta aos Governantes".
O veto à palestra de Boff foi anunciado por ele mesmo por meio de uma carta lida há pouco. Boff não revelou as razões do veto. E não compareceu ao encontro."
Atualmente, não mais do que 30 conglomerados transnacionais controlam toda a produção e o comércio agrícola mundial
EM 1960 , havia 80 milhões de seres humanos que passavam fome em todo o mundo. Um escândalo! Naquela época, Josué de Castro, que agora completaria 100 anos, marcava posição com suas teses, defendendo que a fome era conseqüência das relações sociais, não resultado de problemas climáticos ou da fertilidade do solo.
O capital, com as suas empresas transnacionais e o seu governo imperial dos Estados Unidos, procurou dar uma resposta ao problema: criou a chamada Revolução Verde. Ela foi uma grande campanha de propaganda para justificar à sociedade que bastava "modernizar" a agricultura, com uso intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e venenos. Com isso, a produção aumentaria, e a humanidade acabaria com a fome.
Passaram-se 50 anos, a produtividade física por hectare aumentou muito e a produção total quadruplicou em nível mundial. Mas as empresas transnacionais tomaram conta da agricultura com suas máquinas, venenos e fertilizantes químicos. Ganharam muito dinheiro, acumularam bastante capital e, com isso, houve uma concentração e centralização das empresas. Atualmente, não mais do que 30 conglomerados transnacionais controlam toda a produção e comércio agrícola.
Quais foram os resultados sociais?
Os seres humanos que passam fome aumentaram de 80 milhões para 800 milhões. Só nos últimos dois anos, em função da substituição da produção de alimentos por agrocombustíveis, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), aumentou em mais 80 milhões o número de famintos. Ou seja, agora são 880 milhões.
Nunca a propriedade da terra esteve tão concentrada e houve tantos migrantes camponeses saindo do interior e indo para as metrópoles e mudando de países pobres para a Europa e os Estados Unidos. Somente neste ano, a Europa prendeu e extraditou 200 mil imigrantes africanos, a maioria camponeses. Há oito milhões de trabalhadores agrícolas mexicanos nos Estados Unidos. Setenta países do hemisfério sul não conseguem mais alimentar seus povos e estão totalmente dependentes de importações agrícolas. Perderam a auto-suficiência alimentar, perderam sua autonomia política e econômica.
O pior é que, em todos os países do mundo, os alimentos chegam aos supermercados cada vez mais envenenados pelo elevado uso de agrotóxicos, provocando enfermidades, alterando a biodiversidade e causando o aquecimento global. Isso acontece porque as empresas transnacionais padronizaram os alimentos para ganhar em escala e lucros. Os alimentos devem ser produzidos de acordo com a natureza, com a energia do habitat.
A comida não pode ser padronizada, uma vez que faz parte de nossa cultura e de nossos hábitos. Diante disso, qual é a saída? O Estado, em nome da sociedade, deve desenvolver políticas públicas para proteger a agricultura, priorizando a produção de alimentos. Cada município, região e povo precisa produzir seus próprios alimentos, que devem ser sadios e para todos. Assim nos ensina toda a historia da humanidade. A lógica do comércio e intercâmbio dos alimentos não pode se basear nas regras do livre mercado e no lucro, como pretende impor a OMC.
Por isso, consideramos o alimento um direito de todo ser humano, e não uma mercadoria, como, aliás, já defende a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Cada povo e todos os povos devem ter o direito de produzir seus próprios alimentos. Isso se chama soberania alimentar. Não basta dar cesta básica, dar o peixe. Isso é a segurança alimentar, mas não é soberania alimentar. É preciso que o povo saiba pescar!
No Brasil, com um território e condições edafoclimáticas tão propícias, não temos soberania alimentar. Importamos muitos alimentos, do exterior e entre as regiões do país. Mesmo em nossas "ricas" metrópoles, o povo depende de programas assistenciais do governo para se alimentar. A única forma é fortalecer a produção dos camponeses, dos pequenos e médios agricultores, que demandam muita mão-de-obra e têm conhecimento histórico acumulado.
A chamada agricultura industrial é predadora do ambiente, só produz com agrotóxicos. É insustentável a longo prazo. Por isso, neste 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, as organizações camponesas, movimentos de mulheres, ambientalistas e consumidores faremos manifestações em o todo mundo para denunciar problemas e apresentar propostas para que a humanidade, enfim, resolva o problema da fome no mundo.
JOÃO PEDRO STEDILE , 54, economista, integrante da coordenação nacional do MST e da Via Campesina.
DOM TOMÁS BALDUINO , 85, mestre em teologia, bispo emérito da Diocese de Goiás, é conselheiro permanente da CPT (Comissão da Pastoral da Terra), órgão vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).
Fonte: Notícias Agrícolas.O que tenho para dizer não necessita de muitas palavras. Acredito que muitos, em especial os que já são antigos na UnB, me entenderão.
Quando ingressei na nossa universidade, em junho de 1985, uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o que poderíamos chamar de “o protocolo” dos funcionários da Universidade de Brasília, seu grau de humildade, obediência e respeito aos professores. Reinava, e acredito que continua sendo assim na maioria das unidades, uma etiqueta que poderia dizer-se rígida, apesar da cordialidade. Os funcionários da UnB eram e, em muitos casos, continuam a serem pessoas que aceitam a hierarquia das tarefas que fazem parte do dia a dia da instituição acadêmica, e ainda hoje se pode constatar a fidelidade a esse padrão.
Em 1986, quase recém chegada, tive a oportunidade de ter que tratar com Romilda Maccarini, então diretora de Convênios, sobre a liberação de fundos da Fundação Ford que tinham entrado na UnB para o Núcleo de Pesquisas Etnológicas do Depto. de Antropologia. Eu necessitava desses fundos para a realização de uma pesquisa de campo na fronteira entre Argentina, Chile e Bolívia, e a Romilda cooperou com a maior eficiência e demonstrando grande sentido do dever. Impressionou-me a forma em que encarnava sua missão de auxiliar o nosso trabalho. Sua disponibilidade e abnegação para atravessar em tempo a quantidade de barreiras burocráticas que se interpunham entre os fundos depositados e a finalidade que deveriam cumprir foram notáveis, e senti-me agradecida por poder contar com seu apoio e respeito à minha causa científica.
Vinte dois anos se passaram e agora me pergunto: o que aconteceu com a Romilda?
Certa estou de que com a praxe de obediência, disponibilidade e cortesia com que os funcionários trabalhavam à época, sempre se percebendo como peça importante do trabalho acadêmico, porém subordinados à demanda e até, poderíamos dizer, à tutela dos docentes, teria sido impossível que Romilda escolhera por sua própria conta e risco o caminho que escolheu. Não acredito que sem tutela, beneplácito ou influência de alguém o que aconteceu com ela ao longo das duas décadas que se seguiram tivesse acontecido. Em outras palavras, me parece inverossímil que Romilda tenha percorrido esse caminho só, sem a supervisão ou encobrimento de um de nós ou, mais exatamente, daqueles que nos gabinetes administrativos da universidade continuaram a encomendar e supervisar o seu trabalho.
Não estou com isto tentando livrar Romilda das suas responsabilidades. Não a estou isentando do peso de ter que responder perante todos nós e na Justiça se é verdadeiro ou não o que o Correio Braziliense de domingo informa sobre sua conduta na direção do CESPE, e, caso seja verdadeiro, de explicar à comunidade acadêmica e à Justiça a quantidade de abusos e discricionariedades cometidos na gestão institucional.
O que estou afirmando é que não podemos deixar passar a oportunidade de aproveitar o caso emblemático da Romilda para rever as práticas que levaram à deterioração geral da UnB e à corrupção de alguns que, como ela, se encontram em posição subordinada com relação à classe professoral dos dirigentes. Porque, inescapavelmente, o descalabro da Romilda não é outra coisa que um sintoma do descalabro de toda a instituição e, principalmente, dos seus responsáveis. Deixar passar essa oportunidade de entender o profundo vínculo da funcionária Romilda com seus superiores será aceitar que alguns sejam punidos para que outros fiquem impunes e livres para continuar com suas práticas lesivas aos interesses da instituição e da comunidade que dela depende. Não estou invocando a “obediência devida” como justificativa, mas insisto em que há uma hierarquia de responsabilidades.
Conhecendo a UnB, a praxe obediente e a consciência dependente de muitos entre nós, posso arriscar que sei, que efetivamente sei, que a “Romilda” personagem do Correio não é somente Romilda, que não pode ter agido sozinha. Isto é, posso dizer que sei que alguém corrompeu Romilda, e a levou pelos caminhos que ela foi, indicou a ela que era possível agir assim, praticar o que praticou impunemente. Fez a ela acreditar na própria onipotência, garantiu a ela proteção e segurança onde não havia nem poderia haver.
Por isso, em uma palavra, pergunto: quem deseducou Romilda? Tem que ter sido um docente: um de nós.
Rita Laura Segato