segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A crise financeira mundial e a nossa conta


A mídia martela incessantemente que não se sabe a extensão da crise. Os especialistas não param de falar que o Brasil não sairá incólume. A ênfase e a repetição da ladainha é tão intensa que está se tornando um barulho de fundo, que está ali mas que já faz parte do nosso cotidiano.

Parece que esperam ouvir de nós: "sim, está certo, a crise será grande. Aceitamos que a crise será terrível, que haverá escassez de crédito, que virão piores dias pela frente etc. Está certo, estamos convencidos para passar o pior."

Depois de estarmos convencidos, será mais fácil uma ação política para debitar a conta na nossa despensa, na redução do nosso lazer, na piora da qualidade da educação dos nossos filhos, no adiamento da reforma da casa, no adiamento daquele filho planejado, na aquisição daquele livro...

E os donos da banca? Eles terão as suas parcelas de prejuízo na crise. Alguns trocarão as amantes, outros de marina.

Pelo menos a crise serviu para reduzir os custos do combustível para as aeronaves, o que vai permitir que os maganos fujam desse estresse para Las Vegas ou Dubai. Em seus próprios learjets.

Um comentário:

Ciência Brasil disse...

Hugo Chaves não acredita na crise e na queda dos preços do petróleo (para ele, logo voltará as alturas, acima de 120 US o barril) e continua a gastar, como sempre.

Isso deu em toda a imprensa.

MHL