A mídia dá pouco destaque. A história da Polícia Militar do RS está sendo manchada por uma dupla de governo. A imponente (que impõe mas não se impõe) governadora Yeda Crusius (PSDB), filhotinha enjeitada na política nacional e filha de um partido moribundo, manda bater no povo que deveria proteger. A seu comando e agindo com a lógica de um lobotomizado, está um tal de coronel Paulo Roberto Mendes. O tal coroné faz juz a história gaúcha das charqueadas do século XIX, mantendo em conserva a turba, com sapecadas e sal. Mendes é um ente de tradição, cujas raízes estão na Espanha de 1939.
A marcha dos Sem, uma reunião de vários movimentos populares, fazia uma marcha de protesto em Porto Alegre (RS), que se dirigia ao palácio do governo. Eis que no caminho os policiais, devidamente fustigados pelo preconceito de seu comandante, açoitaram, bateram, quebraram, lançaram bombas de efeito moral e apontaram armas para as pessoas. A manifestação pacífica garantida na Carta Magna, virou palco de atrocidades, de pisoteio dos coturnos na democracia.
A tática utilizada não é inédita; faz parte do manual de sobrevivência do coroné Mendes: bater antes, explicar (se necessário) depois. São vários os episódios desse tipo no des-governo de Yeda. As vítimas preferidas são as pessoas que formam o movimento do campo pela reforma agrária. Em um estado em que as terras estão cada vez mais depauperadas e caras, o agrobusiness aconchavou-se com a política da porretada. Próprio de quem tem apenas um argumento.
O lixo da história os aguarda.
Um comentário:
Ei,
Agora vai encher de leitores gauchos no UnB Livre.
MHL
Postar um comentário