Coincidência ou não, guardando a devida proporção, Obama foi eleito nos EUA e o Prof. José Geraldo toma posse na UnB. Ambos inciam uma fase que é pós-aborto de uma politica desastrada, retrógrada e maléfica dos velhos dirigentes de suas respectivas áreas de atuação. Ambos suscitam a esperança de que haverá um espaço mais democrático para a cidadania. Não haverá uma grande mudança. Uma retomada da esperança é a pauta.
O Prof. José Geraldo é mais otimista. Disse o mestre em sua posse: “Os alunos souberam ser os tradutores dessa memória histórica porque não atuam por interesses individuais ou econômicos. Eles só se movem pelo horizonte da utopia. São a nossa razão de ser”. Um discurso audaz e cativante. Mas não se acredita mais em ilusionismo. Na realidade da instituição permeia o pragmatismo das relações de troca, de mercantilização do saber, dos clubinhos de excelência e das aulas de conveniência. Ouve-se muita reclamação de assédio moral que sustenta esta rede sociopatologica. Uma patologia social que precisa ser tratada com doses cavalares de democracia, participação e transparência. Aliás, esta última palavra foi adotada pela gestão do Prof. José Geraldo. Merece crédito, vejamos os resultados.
A posição do DCE é interessante: apoio crítico, com uma pauta de reivindicações (veja abaixo).
Pauta da Carta de Princípios elaborada pelo DCE:
1. Defesa da universidade pública, gratuita, de qualidade e a serviço de uma sociedade mais justa;
2. Pela não implementação do Reuni (Decreto de Expansão do Governo Federal) até que haja amplo debate com toda a comunidade universitária. Expansão da UnB com recursos correspondentes, garantindo de forma qualitativa o tripé da universidade: pesquisa, ensino e extensão;
3. Pelo fim das fundações privadas nas universidades públicas;
4. Priorização da política de assistência estudantil, como dimensão importante do papel da universidade na manutenção do estudante, garantindo seus direitos;
5. Concurso público para contratação de professores e servidores técnico-administrativos de forma a suprir o atual déficit no quadro da UnB;
6. Pela paridade nas eleições para todos os cargos eletivos da universidade e na composição de todas as instâncias deliberativas da UnB;
7. Convocação do Congresso Estatuinte Paritário, para discussão do modelo estrutural de nossa universidade;
8.Pela construção imediata de um Restaurante Universitário no campus de Planaltina;
9. Pela ampliação dos horários de circulação do transporte interno e gratuito da UnB e que este faça o trajeto até a rodoviária;
10. Construção de novos prédios de moradia estudantil, e reforma dos prédios usados atualmente, preservando a dignidade dos moradores.
2 comentários:
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Ckodoeste Pereira "Kassu" da Silva
O novo reitor é otimista para com a UunB. Eu sou pessimista. Iremos andar de marcha-ré nos próximos 4 anos.
Derrotamos o tenebroso Timothy para ter, na minha opinião, o "reitor errado".
Enfim, assim é a democacia. Em 2012 teremos mais uma chance de voltar aos eixos.
MHL
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