quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Ensino obrigatório poderá ser de 14 anos


"O ministro da Educação, Fernando Haddad, encaminhou ao Palácio do Planalto na terça-feira, 28, uma proposta de mudança no tempo mínimo de ensino obrigatório, dos atuais nove anos para 14 anos. De acordo com a proposta, enviada por meio de uma nota técnica, as crianças teriam de ser matriculadas na escola aos quatro anos de idade e permanecer até os 17, pelo menos. Esse período abrange a pré-escola (quatro e cinco anos), ensino fundamental (seis a 14) e ensino médio (15 a 17). Hoje, a obrigatoriedade é apenas para o ensino fundamental."

Uma boa iniciativa! Pode não ser tão eficiente como se almeja, mas é muito melhor do que está. Gol do MEC.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Maradona é o novo técnico de futebol da Argentina


Será a consagração do mito ou o início de uma longa série de milongas e tangos nostálgicos. Se D. Diego colocar a Argentina no pódio como a maior força do futebol na próxima COPA, então será a ruptura total da vieja Argentina de Perón, Evita, Galtieri e Videla.

Será que assim, a Argentina mitológica cederá a uma Argentina estratégica, de espaços vazios e ricos, abraçada na Antártica e definindo o futuro do equilíbrio geopolítico mundial?

Tem mais: Presidente Diego Armando Maradona não seria mais um anátema político.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

A CCJ aprova a admissibilidade da PEC 277/08



A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania aprovou hoje a admissibilidade da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 277/08, do Senado, que aumenta os recursos orçamentários federais vinculados à Educação. A PEC reduz anualmente em três anos (de 20% para zero) o percentual da Desvinculação de Receitas da União que incide sobre os recursos destinados à área. Estima-se que haverá em 2011 um adicionalde 7,5 bilhões de reais para a educação.

Há um caminho longo para a PEC ser aprovada. Já é um bom começo.

Fonte: Portal da Câmara dos Deputados.

Personagens inesquecíveis que foram esquecidos


Sentiu um arrepio de repulsa ou de arrependimento? Ou foi nostalgia? Se você não sentiu nada, não tem problema. A maior parte do mundo não sabe quem foi esse personagem. Mas deveria. Clique no nome e terás um resumé.



Nossa nova sessão. Aqueles que pareciam eternos de tanto a mídia ou parte dela falar mas que foram abduzidos da história.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

Aos blog-leitores


Nós não vamos parar esse blog.
Nós abrimos esse espaço a qualquer comentário cultural, político, científico, atemporal ou hodierno. Nossos e de todas as mentes inquietas e amorosas; de amor à vida, à liberdade, ao outro. Aceitamos lenitivos para a mente na forma de textos, fotos e vídeos. Aqui nos libertamos e propomos buscar um mundo libertário. Aqui há diferenças. Aqui se quer a paz. Aqui se quer a convivência. Aqui se quer justiça. Aqui se quer alegria, amizade e grandeza nos gestos. Aqui é a vala dos tiranos, a tumba dos déspotas, o ocaso dos verdugos. Aqui vivem iconoclastas. Aqui mora a perseverância. Aqui se faz um naturismo virtual: despimo-nos dos preconceitos, das fórmulas prontas, do jargão utilitário, do compromisso de compadrio, da dissimulação dos títulos e do fetichismo do consumo.

Agradecemos a sua presença nessa oca, nesse blog, nessa tribo.

Efeitos colaterais da crise financeira mundial sobre a alocação dos docentes no REUNI

Humor.

Você conhece o Journal of Negative Results?




O Journal of Negative Results in Biomedicine é um periódico que publica artigos com resultados inesperados, controversos ou provocativos. Tem um impacto de 1,38. A ligação pode ser feita clicando aqui http://www.jnrbm.com/. O acesso é aberto.
Veja alguns exemplos de artigos:

Susanne Brummelte et al.,2008. Environmental enrichment has no effect on the development of dopaminergic and GABAergic fibers during methylphenidate treatment of early traumatized gerbils.

Ulla Svantesson et al., 2007. Body composition in male elite athletes, comparison of bioelectrical impedance spectroscopy with dual energy X-ray absorptiometry.

Uffe Laessoe et al., 2007. Fall risk in an active elderly population – can it be assessed?

domingo, 26 de outubro de 2008

A entrevista do economista, Prof. Titular da USP, LUIZ GONZAGA BELLUZZO é o olhar em terra de cegos




“Cortar gasto público? Foi essa receita que empurrou a Alemanha para o nazismo em 1933”. LUIZ GONZAGA BELLUZZO concedeu entrevista à Carta Maior. Imperdível: sereno, claro e sem preconceitos, o Professor Belluzzo desvela a crise (que ainda chegará na sua despensa ou no seu cotidiano acadêmico).

Seria uma das vítimas da crise o REUNI no atual formato?
Estima-se a perda de investimentos de 40 bilhões no ano que vem no Brasil. A crise poderá piorar.
Corta-se gastos no que se tem ou no que ainda poderá vir?
Uma vez implantado, pode se voltar atrás nos compromisos assumidos com os segmentos acadêmicos? Pode se voltar atrás nos compromissos com a sociedade extra-classe e extra-lab?
Você confia no Presidente do Banco Central e no Ministro da Fazenda?


Novos Reitor e Vice-reitor da UnB foram nomeados


O Prof. José Geraldo de Sousa Júnior e o Prof. João Batista de Sousa foram nomeados pelo Presidente da República (veja aqui).

A propósito, dois Sousas na direção máxima da UnB, na reitoria.

Coincidência, nepotismo ou cabala?

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

ADUnB faz denúncia pública contra o Correio Braziliense


A ADUnB sob nova direção, denunciou em nota pública a atitude do Correio Braziliense em não aceitar uma matéria considerada como "matéria de opinião", sobre o dia do professor (veja aqui).

A "denúncia" tenta criar um clima de animosidade contra o veículo de informação. Não há a versão do CB a respeito do fato. Segundo a ADUnB sob nova direção a recusa do CB foi uma "censura econômica". Para quem não entende o que é censura econômica, é aquela forma de exclusão que se faz contra a maioria dos professores da UnB nas gestões passadas tenebrosas, excluindo-os da evolução acadêmica e das oportunidades, por não gerarem dividendos com suas atividades acadêmicas, à determinadas instâncias. Ou que se opuseram aos desmandos naUnB.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

A crise financeira mundial e a nossa conta


A mídia martela incessantemente que não se sabe a extensão da crise. Os especialistas não param de falar que o Brasil não sairá incólume. A ênfase e a repetição da ladainha é tão intensa que está se tornando um barulho de fundo, que está ali mas que já faz parte do nosso cotidiano.

Parece que esperam ouvir de nós: "sim, está certo, a crise será grande. Aceitamos que a crise será terrível, que haverá escassez de crédito, que virão piores dias pela frente etc. Está certo, estamos convencidos para passar o pior."

Depois de estarmos convencidos, será mais fácil uma ação política para debitar a conta na nossa despensa, na redução do nosso lazer, na piora da qualidade da educação dos nossos filhos, no adiamento da reforma da casa, no adiamento daquele filho planejado, na aquisição daquele livro...

E os donos da banca? Eles terão as suas parcelas de prejuízo na crise. Alguns trocarão as amantes, outros de marina.

Pelo menos a crise serviu para reduzir os custos do combustível para as aeronaves, o que vai permitir que os maganos fujam desse estresse para Las Vegas ou Dubai. Em seus próprios learjets.

domingo, 19 de outubro de 2008

IMAGÉTICA

Foto de autor desconhecido tomada durante a marcha dos SEM (veja nesse blog), na semana passada. Professora Marli Helena Kümpel da Silva, Diretora do Núcleo de Erechim do CPERS (Sindicato dos professores de escolas do ensino básico e secundários do Rio Grande do Sul), ferida pela explosão de uma "bomba de efeito moral". Houve fratura exposta na perna.

Há dor no teu rosto lívido. Não é a dor física de chorar, de olhar o ferimento, de lamentar o sangue empapado.

É uma dor das piores, daquelas que não se descreve e nem o choro resolve.

Há a dor da incompreensão no teu olhar focado no grupo de policiais. Uma dor de sonho desfeito, dor de ultraje. Dor de mulher, de mãe, de geradora que nutriu os desejos de saber das crianças, de contar até dez nos dedinhos, até cem...até não sei quanto de tantos sonhos que nos concedeu a todos, crianças quando fomos...dor de criança que foi um dia. Desencantada, não entende como podem tratar com tanto desprezo aquela que tentou educar a mão para o acolhimento. A mesma mão que lhe bate.

sábado, 18 de outubro de 2008

Frei Leonardo Boff é proibido de falar em evento hoje em Brasília


Notícia veiculada no blog do jornalista Ricardo Noblat:

"Diocese de Brasília proibe palestra de Leonardo Boff

A Diocese de Brasília proibiu o ex-frade Leonardo Boff de fazer uma palestra, no fim desta tarde, durante o encontro chamado "Cebração Latino-americana e Caribenha - 800 anos de Carisma de São Francisco", que reúne cerca de 1.200 pessoas entre religiosos e leigos de nove países.

O encontro foi aberto ontem à tarde no Colégio Santo Antônio e será encerrado amanhã com uma caminhada até o Palácio do Planalto. Ali, os organizadores do encontro entregarão ao vice-presidente da República José Alencar o documento "Carta aos Governantes".

O veto à palestra de Boff foi anunciado por ele mesmo por meio de uma carta lida há pouco. Boff não revelou as razões do veto. E não compareceu ao encontro."

Pensar e falar livre é um pesadelo para algumas instituições.



PALAVRAS ESQUECIDAS


INCÚRIA

Desleixo, negligência.
Exemplos:
1. O processo não pode ser concluído por incúria do relator.
2. A causa do naufrágio foi a incúria de quem pilotava o barco.

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Diretor do Cespe/UnB, Prof. Joaquim José Soares Neto, concedeu entrevista


O Prof. Soares Neto afirma que estão sendo tomadas as devidas providências para sanar as irregularidades do Cespe. O pessoal suspeito foi afastado pela reitoria pro-tempore. Está no Correio Braziliense de hoje (sexta-feira). Vale a pena conferir na versão impressa.
Esperemos o desfecho.

Porque os filmes policiais não terão mais sucesso no Brasil


O teatro cotidiano do Brasil não tem igual. Somos os melhores em termos de crimes urbanos e rurais, considerando países que não estão oficialmente em guerra. Com a vantagem da interatividade inclusiva. Ou seja, a qualquer momento você se vê participando de uma peça. Ontem mais uma barbárie. Trinta projéteis no mínimo terminaram com a vida de um diretor de presídio de segurança máxima no Rio de Janeiro, em plena Av. Brasil. Veja aqui.

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Polícia Militar do RS está contaminada pela truculência e pelo desrespeito aos movimentos populares


A mídia dá pouco destaque. A história da Polícia Militar do RS está sendo manchada por uma dupla de governo. A imponente (que impõe mas não se impõe) governadora Yeda Crusius (PSDB), filhotinha enjeitada na política nacional e filha de um partido moribundo, manda bater no povo que deveria proteger. A seu comando e agindo com a lógica de um lobotomizado, está um tal de coronel Paulo Roberto Mendes. O tal coroné faz juz a história gaúcha das charqueadas do século XIX, mantendo em conserva a turba, com sapecadas e sal. Mendes é um ente de tradição, cujas raízes estão na Espanha de 1939.

A marcha dos Sem, uma reunião de vários movimentos populares, fazia uma marcha de protesto em Porto Alegre (RS), que se dirigia ao palácio do governo. Eis que no caminho os policiais, devidamente fustigados pelo preconceito de seu comandante, açoitaram, bateram, quebraram, lançaram bombas de efeito moral e apontaram armas para as pessoas. A manifestação pacífica garantida na Carta Magna, virou palco de atrocidades, de pisoteio dos coturnos na democracia.

A tática utilizada não é inédita; faz parte do manual de sobrevivência do coroné Mendes: bater antes, explicar (se necessário) depois. São vários os episódios desse tipo no des-governo de Yeda. As vítimas preferidas são as pessoas que formam o movimento do campo pela reforma agrária. Em um estado em que as terras estão cada vez mais depauperadas e caras, o agrobusiness aconchavou-se com a política da porretada. Próprio de quem tem apenas um argumento.


O lixo da história os aguarda.

Soberania alimentar e a agricultura


JOÃO PEDRO STEDILE e TOMÁS BALDUINO

Atualmente, não mais do que 30 conglomerados transnacionais controlam toda a produção e o comércio agrícola mundial

EM 1960 , havia 80 milhões de seres humanos que passavam fome em todo o mundo. Um escândalo! Naquela época, Josué de Castro, que agora completaria 100 anos, marcava posição com suas teses, defendendo que a fome era conseqüência das relações sociais, não resultado de problemas climáticos ou da fertilidade do solo.

O capital, com as suas empresas transnacionais e o seu governo imperial dos Estados Unidos, procurou dar uma resposta ao problema: criou a chamada Revolução Verde. Ela foi uma grande campanha de propaganda para justificar à sociedade que bastava "modernizar" a agricultura, com uso intensivo de máquinas, fertilizantes químicos e venenos. Com isso, a produção aumentaria, e a humanidade acabaria com a fome.

Passaram-se 50 anos, a produtividade física por hectare aumentou muito e a produção total quadruplicou em nível mundial. Mas as empresas transnacionais tomaram conta da agricultura com suas máquinas, venenos e fertilizantes químicos. Ganharam muito dinheiro, acumularam bastante capital e, com isso, houve uma concentração e centralização das empresas. Atualmente, não mais do que 30 conglomerados transnacionais controlam toda a produção e comércio agrícola.

Quais foram os resultados sociais?

Os seres humanos que passam fome aumentaram de 80 milhões para 800 milhões. Só nos últimos dois anos, em função da substituição da produção de alimentos por agrocombustíveis, de acordo com a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), aumentou em mais 80 milhões o número de famintos. Ou seja, agora são 880 milhões.

Nunca a propriedade da terra esteve tão concentrada e houve tantos migrantes camponeses saindo do interior e indo para as metrópoles e mudando de países pobres para a Europa e os Estados Unidos. Somente neste ano, a Europa prendeu e extraditou 200 mil imigrantes africanos, a maioria camponeses. Há oito milhões de trabalhadores agrícolas mexicanos nos Estados Unidos. Setenta países do hemisfério sul não conseguem mais alimentar seus povos e estão totalmente dependentes de importações agrícolas. Perderam a auto-suficiência alimentar, perderam sua autonomia política e econômica.

O pior é que, em todos os países do mundo, os alimentos chegam aos supermercados cada vez mais envenenados pelo elevado uso de agrotóxicos, provocando enfermidades, alterando a biodiversidade e causando o aquecimento global. Isso acontece porque as empresas transnacionais padronizaram os alimentos para ganhar em escala e lucros. Os alimentos devem ser produzidos de acordo com a natureza, com a energia do habitat.

A comida não pode ser padronizada, uma vez que faz parte de nossa cultura e de nossos hábitos. Diante disso, qual é a saída? O Estado, em nome da sociedade, deve desenvolver políticas públicas para proteger a agricultura, priorizando a produção de alimentos. Cada município, região e povo precisa produzir seus próprios alimentos, que devem ser sadios e para todos. Assim nos ensina toda a historia da humanidade. A lógica do comércio e intercâmbio dos alimentos não pode se basear nas regras do livre mercado e no lucro, como pretende impor a OMC.

Por isso, consideramos o alimento um direito de todo ser humano, e não uma mercadoria, como, aliás, já defende a Declaração Universal dos Direitos Humanos. Cada povo e todos os povos devem ter o direito de produzir seus próprios alimentos. Isso se chama soberania alimentar. Não basta dar cesta básica, dar o peixe. Isso é a segurança alimentar, mas não é soberania alimentar. É preciso que o povo saiba pescar!

No Brasil, com um território e condições edafoclimáticas tão propícias, não temos soberania alimentar. Importamos muitos alimentos, do exterior e entre as regiões do país. Mesmo em nossas "ricas" metrópoles, o povo depende de programas assistenciais do governo para se alimentar. A única forma é fortalecer a produção dos camponeses, dos pequenos e médios agricultores, que demandam muita mão-de-obra e têm conhecimento histórico acumulado.

A chamada agricultura industrial é predadora do ambiente, só produz com agrotóxicos. É insustentável a longo prazo. Por isso, neste 16 de outubro, Dia Mundial da Alimentação, as organizações camponesas, movimentos de mulheres, ambientalistas e consumidores faremos manifestações em o todo mundo para denunciar problemas e apresentar propostas para que a humanidade, enfim, resolva o problema da fome no mundo.

JOÃO PEDRO STEDILE , 54, economista, integrante da coordenação nacional do MST e da Via Campesina.

DOM TOMÁS BALDUINO , 85, mestre em teologia, bispo emérito da Diocese de Goiás, é conselheiro permanente da CPT (Comissão da Pastoral da Terra), órgão vinculado à CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil).

Fonte: Notícias Agrícolas.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Romilda e nós.


O que tenho para dizer não necessita de muitas palavras. Acredito que muitos, em especial os que já são antigos na UnB, me entenderão.

Quando ingressei na nossa universidade, em junho de 1985, uma das coisas que mais me chamou a atenção foi o que poderíamos chamar de “o protocolo” dos funcionários da Universidade de Brasília, seu grau de humildade, obediência e respeito aos professores. Reinava, e acredito que continua sendo assim na maioria das unidades, uma etiqueta que poderia dizer-se rígida, apesar da cordialidade. Os funcionários da UnB eram e, em muitos casos, continuam a serem pessoas que aceitam a hierarquia das tarefas que fazem parte do dia a dia da instituição acadêmica, e ainda hoje se pode constatar a fidelidade a esse padrão.

Em 1986, quase recém chegada, tive a oportunidade de ter que tratar com Romilda Maccarini, então diretora de Convênios, sobre a liberação de fundos da Fundação Ford que tinham entrado na UnB para o Núcleo de Pesquisas Etnológicas do Depto. de Antropologia. Eu necessitava desses fundos para a realização de uma pesquisa de campo na fronteira entre Argentina, Chile e Bolívia, e a Romilda cooperou com a maior eficiência e demonstrando grande sentido do dever. Impressionou-me a forma em que encarnava sua missão de auxiliar o nosso trabalho. Sua disponibilidade e abnegação para atravessar em tempo a quantidade de barreiras burocráticas que se interpunham entre os fundos depositados e a finalidade que deveriam cumprir foram notáveis, e senti-me agradecida por poder contar com seu apoio e respeito à minha causa científica.

Vinte dois anos se passaram e agora me pergunto: o que aconteceu com a Romilda?

Certa estou de que com a praxe de obediência, disponibilidade e cortesia com que os funcionários trabalhavam à época, sempre se percebendo como peça importante do trabalho acadêmico, porém subordinados à demanda e até, poderíamos dizer, à tutela dos docentes, teria sido impossível que Romilda escolhera por sua própria conta e risco o caminho que escolheu. Não acredito que sem tutela, beneplácito ou influência de alguém o que aconteceu com ela ao longo das duas décadas que se seguiram tivesse acontecido. Em outras palavras, me parece inverossímil que Romilda tenha percorrido esse caminho só, sem a supervisão ou encobrimento de um de nós ou, mais exatamente, daqueles que nos gabinetes administrativos da universidade continuaram a encomendar e supervisar o seu trabalho.

Não estou com isto tentando livrar Romilda das suas responsabilidades. Não a estou isentando do peso de ter que responder perante todos nós e na Justiça se é verdadeiro ou não o que o Correio Braziliense de domingo informa sobre sua conduta na direção do CESPE, e, caso seja verdadeiro, de explicar à comunidade acadêmica e à Justiça a quantidade de abusos e discricionariedades cometidos na gestão institucional.

O que estou afirmando é que não podemos deixar passar a oportunidade de aproveitar o caso emblemático da Romilda para rever as práticas que levaram à deterioração geral da UnB e à corrupção de alguns que, como ela, se encontram em posição subordinada com relação à classe professoral dos dirigentes. Porque, inescapavelmente, o descalabro da Romilda não é outra coisa que um sintoma do descalabro de toda a instituição e, principalmente, dos seus responsáveis. Deixar passar essa oportunidade de entender o profundo vínculo da funcionária Romilda com seus superiores será aceitar que alguns sejam punidos para que outros fiquem impunes e livres para continuar com suas práticas lesivas aos interesses da instituição e da comunidade que dela depende. Não estou invocando a “obediência devida” como justificativa, mas insisto em que há uma hierarquia de responsabilidades.

Conhecendo a UnB, a praxe obediente e a consciência dependente de muitos entre nós, posso arriscar que sei, que efetivamente sei, que a “Romilda” personagem do Correio não é somente Romilda, que não pode ter agido sozinha. Isto é, posso dizer que sei que alguém corrompeu Romilda, e a levou pelos caminhos que ela foi, indicou a ela que era possível agir assim, praticar o que praticou impunemente. Fez a ela acreditar na própria onipotência, garantiu a ela proteção e segurança onde não havia nem poderia haver.

Por isso, em uma palavra, pergunto: quem deseducou Romilda? Tem que ter sido um docente: um de nós.

Rita Laura Segato

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Educadores fazem greve de fome contra sucateamento das escolas gaúchas do MST



A manchete divulgada pela agencia Chasque, refere-se a 27 educadores que não recebem salário há 9 meses do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Há falta de material escolar, cadeiras, mesas e salas para os alunos. Também há falta de merendeiras. A (des) governadora do PSDB, Yeda Crusius tem se notabilizado por uma perseguição incessante aos movimentos populares, em particular o MST.

A governadora reproduz o velho pacto entre a classe dos capitalizados emergentes, a imprensa oficiosa, os proprietários de terras e parte da intelectualidade de conveniência.

A Brigada Militar (Polícia Militar do estado) desajolou os educadores da Secretaria da Educação, mas os mesmos estão acampados em frente ao prédio. A Brigada tem deixado a sua marca nesse desgoverno de Yeda Crusius . Mais precisamente, com a escrita de seus cassetetes, na carne e nos ossos dos sem terra, de estudantes, de professores...

domingo, 12 de outubro de 2008

sábado, 11 de outubro de 2008

Como ocorreu a crise dos sub-primes? Uma versão bem humorada




Humor negro, é claro. Veja aqui o vídeo.
A linguagem do vídeo em inglês possui legendas em espanhol.
Enviada por um colega que está morando em outro país.

CESPE é suspeito de fraudes em concursos que ocorreram até 2006


Mais uma queda. A reportagem no Correio Braziliense desse sábado (que pode ser acessada clicando aqui) relata que a Controladoria Geral da União aponta indícios de fraudes e irregularidades graves que favoreceram pessoas ligadas ao CESPE. O Ministério Público está investigando o caso.

A reitoria pró-tempore modificou a forma de gestão do CESPE, mas detalhes não são conhecidos pela comunidade. Necessitamso de mais transparência nessa questão do CESPE. Há a sugestão de privatizar o CESPE ou torná-lo uma Fundação.

A caixa-preta está sendo aberta. Algo que já se suspeitava há muitos anos nos corredores da própria UnB. A gestão dos ex-reitores e seus asseclas classificavam como "despeito e oportunismo eleitoreiro " a crítica na forma de gestão do CESPE. Deu nisso aí. Um abalo irreparável na lisura dos concursos coordenados pelo CESPE. Uma mancha que nem o tempo poderá remover.

E os processos administrativos? Por muito menos, muito menos mesmo, um funcionário técnico-administrativo ou um professor é ameaçado por processo.

A UnB precisa refazer a sua ordem estatutária, moral e ética.

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Uma bomba nuclear foi detonada pelos EUA em combate no Iraque


O notícia foi comunicada por um iraquiano ou um terrorista?
Não, esta sendo denunciada por um ex-militar, veterano, oficial-mecânico dos EUA. Chama-se Jim Brown. A bomba foi lançada em 1992 durante a primeira guerra do golfo. Era uma bomba de 5 kilotons, de menor impacto do que aquelas lançadas sobre Horoshima e Nagasaki. A bomba é do tipo penetrante, explode debaixo da terra e seus efeitos (radiação) tambem servem como dissuasivo ao emitir radiação em determinada área por longo tempo.

Seria a terceira bomba nuclear lançada em combate na história da humanidade. A bomba foi detonada na região de Basrah, proximo ao Irã. O abalo sísmico gerado foi detectado por alguns centros sismológicos no mundo, coincidindo com a data e o horário relatado. Jim Brown tem ouvido testemunhos de ex-combatentes que participaram do evento. Um médico iraquiano (Dott Jawad Al Ali) relata que houve um aumento de 39 casos em 1989 para mais de 600 casos de cânceres na região em 2002-. Alguns dos tumores são raros.

A notícia está veiculada pela RAI (italiana) e pelo jornal espanhol El País (clique e veja). Há vídeos, apresentação power point a reportagem inteira. As imagens dos tumores no arquivo em power point não deveriam ser vistas por quem é sensível. São imagens perturbadoras, inclusive de muitas crianças atingidas.

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

CARTA ABERTA AO BRADESCO


Senhores Diretores do Bradesco,

Gostaria de saber se os senhores aceitariam
pagar uma taxa, uma pequena taxa mensal, pela existência
da padaria na esquina de sua rua, ou pela existência do posto
de gasolina ou da farmácia ou da feira, ou de qualquer
outro desses serviços indispensáveis ao nosso dia-a-dia.

Funcionaria assim: todo mês os senhores, e
todos os usuários, pagariam uma pequena taxa para a
manutenção dos serviços (padaria, feira, mecânico, costureira,
farmácia etc). Uma taxa que não garantiria nenhum direito
extraordinário ao pagante.

Existente apenas para enriquecer os
proprietários sob a alegação de que serviria para
manter um serviço de alta qualidade.

Por qualquer produto adquirido (um pãozinho,
um remédio, uns litros de combustível etc) o usuário
pagaria os preços de mercado ou, dependendo do produto, até um
pouquinho acima. Que tal?

Pois, ontem saí de seu Banco com a certeza que
os senhores concordariam com tais taxas. Por uma questão de equidade e de honestidade. Minha certeza deriva de um raciocínio simples.
Vamos imaginar a seguinte cena: eu vou à padaria para
comprar um pãozinho.

O padeiro me atende muito gentilmente. Vende o
pãozinho. Cobra o embrulhar do pão, assim como, todo e
qualquer serviço. Além disso, me impõe taxas. Uma 'taxa de
acesso ao pãozinho', outra 'taxa por guardar pão quentinho' e
ainda uma 'taxa de abertura da padaria'. Tudo com muita
cordialidade e muito profissionalismo, claro.

Fazendo uma comparação que talvez os
padeiros não concordem, foi o que ocorreu comigo em seu Banco.

Financiei um carro. Ou seja, comprei um produto
de seu negócio. Os senhores me cobraram preços de
mercado. Assim como o padeiro me cobra o preço de
mercado pelo pãozinho.

Entretanto, diferentemente do padeiro, os
senhores não se satisfazem me cobrando apenas pelo produto
que adquiri.

Para ter acesso ao produto de seu negócio, os
senhores me cobraram uma 'taxa de abertura de crédito' -
equivalente àquela hipotética 'taxa de acesso ao
pãozinho', que os senhores certamente achariam um absurdo e se negariam
a pagar.

Não satisfeitos, para ter acesso ao
pãozinho, digo, ao financiamento, fui obrigado a abrir uma conta
corrente em seu Banco. Para que isso fosse possível, os senhores me
cobraram uma 'taxa de abertura de conta'.

Como só é possível fazer negócios com os
senhores depois de abrir uma conta, essa 'taxa de abertura
de conta' se assemelharia a uma 'taxa de abertura da
padaria', pois, só é possível fazer negócios com o
padeiro depois de abrir a padaria.

Antigamente, os empréstimos bancários eram
popularmente conhecidos como papagaios'. Para liberar o 'papagaio', alguns gerentes
inescrupulosos cobravam um 'por fora', que era devidamente
embolsado.

Fiquei com a impressão que o Banco resolveu se
antecipar aos gerentes inescrupulosos.
Agora ao invés de um 'por fora' temos muitos
'por dentro'.

- Tirei um extrato de minha conta - um único
extrato no mês - os senhores me cobraram uma taxa de R$
5,00. - Olhando o extrato, descobri uma outra taxa de
R$ 7,90 'para a manutenção da conta' semelhante àquela 'taxa pela existência da padaria na esquina da rua'.

A surpresa não acabou:- descobri outra taxa de R$ 22,00 a cada
trimestre - uma taxa para manter um limite especial que
não me dá nenhum direito. Se eu utilizar o limite especial vou
pagar os juros (preços) mais altos do mundo - semelhante
àquela 'taxa por guardar o pão quentinho'.

Mas, os senhores são insaciáveis. A gentil
funcionária que me atendeu, me entregou um caderninho onde
sou informado que me cobrarão taxas por toda e qualquer
movimentação que eu fizer.

Cordialmente, retribuindo tanta gentileza,
gostaria de alertar que os senhores esqueceram de me cobrar
o ar que respirei enquanto estive nas instalações de seu
Banco. Por favor, me esclareçam uma dúvida: até
agora não sei se comprei um financiamento ou se vendi a alma?

Depois que eu pagar as taxas correspondentes,
talvez os senhores me respondam informando, muito cordial e
profissionalmente, que um serviço bancário é muito
diferente de uma padaria.

Que sua responsabilidade é muito grande, que
existem inúmeras exigências governamentais, que os
riscos do negócio são muito elevados etc e tal. E, ademais, tudo o
que estão cobrando está devidamente coberto por lei,
regulamentado e autorizado pelo Banco
Central.

Sei disso. Como sei, também, que existem seguros e
garantias legais que protegem seu negócio de todo e
qualquer risco. Presumo que os riscos de uma padaria, que não
conta com o poder de influência dos senhores, talvez sejam
muito mais elevados.

Sei que são legais. Mas, também sei que
são imorais. Por mais que estejam garantidas em lei, tais taxas
são uma imoralidade. É como diz o velho ditado: a esperança é a
última que morre!
Anônimo

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Uma pesquisa com resultados formidáveis sobre a biodiversidade do DF


O Biólogo Pedro de Podestá Uchôa de Aquino , orientado pela Profa. Caludia Padovesi (IB/UnB), encontrou a poucos quilômetros de onde trabalhamos (UnB), 12 novas espécies de peixes. O estudo está relatado na dissertação de mestrado Distribuição da taxocenose íctica em córregos de cabeceira da bacia do Alto Rio Paraná, DF, defendida pelo Programa de Pós-Graduação em Ecologia. Veja o link da Secom aqui.

Parabéns Pedro e Profa. Claudia!

A foto acima é meramente ilustrativa e não se refere ao estudo.

Os números da eleição no Brasil

Oi pessoal,
Querem saber como ficou o mapa eleitoral no Brasil ? Pois bem, basta clicar na figura acima. A fonte é o Correio Braziliense de hoje.
.
Vejamos os vencedores (por número de prefeitos e/ou vereadores):
.
Região Norte
Acre - PT
Amazonas - PMDB
Roraima - PSDB
Amapá - PDT
Pará - PMDB
Rondônia - PMDB e PT
.
Nordeste
Maranhão - PDT
Piauí - PTB
Ceará - PSDB
Rio Grande do Norte - PSB
Paraiba - PMDB
Pernambuco - PSB
Alagoas - vários vencedores
Sergipe - PMDB e PSB
Baiha - PMDB
.
Centro Oeste
Mato Grosso - PR
Mato Grosso do Sul - PMDB
Tocantins - PMDB
Goiás - PMDB
DF - não teve eleições
.
Sudeste
Minas Gerais - PSDB e PMDB
Espírito Santo - PMDB
Rio de Janeiro - PMDB
São Paulo - PSDB
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IMAGÈTICA


Capa do New Yorker, dessa semana. Acostumada às miras e aos tiros de caça, o estilo da mulher de um alvo só e indefeso, quer se viabilizar na política nacional dos USA. A brancura do Alaska pode servir de inspiração para a faxina na "fuligem" que ameaça a alternância política daquele país. Nada como não perder de vista a complexidade de um estado norte-americano avizinhado com o eterno tirano vermelho . Aliás, Palin representa o Id de McCain. O que ele não pode confessar em público, ela simboliza em estilo: poucas luzes, paroquial, supérflua e grotesca.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Antes e depois das eleições: a lenda da cornucópia


Menos de 24 horas após os resultados das eleições para prefeito e vereadores, onde o PT e seus aliados se jactam de uma vitória esmagadora, veem a público dois grandes guardadores* da cornucópia nacional para anunciar que a mão generosa, ao fundo chegou. Saem de lá somente ajuda suculenta aos exportadores (ah, a Sadia do Ex-ministro Furlan) e aos bancos maiores para devorarem os menores, claro, separando a carne dos ossos.

Adivinha quem vai limpar os pratos e as panelas dos maganos, Sr e Sra. contribuinte?

Enquanto isso, Joseph Stiglitz declara em estrevista sobre o Plano Paulson: "para aprovar o Plano Paulson enveredaram pelo inveterado caminho do suborno e da corrupção".


*Sr. Henrique Meirelles e o Sr. Guido Mantega

Observando a Ciência no Brasil e na América Latina


Tatiana P. Martins publicou recentemente um artigo no Le Monde Diplomatique "Ciência no Brasil e na América Latina: conquistas e desafios", sobre a ciência em nosso continente. Parte dos seus argumentos são baseados em um estudo de 2007 do Prof. Marcelo Hermes-Lima, da UnB, e colaboradores.

Abaixo estão algumas das provocações da Tatiana (clique nas sentenças que verás o artigo inteiro):

" Nos últimos quinze anos, a produção científica latino-americana cresceu num ritmo superior ao dos países desenvolvidos."

"Estranhamente, ao longo do período de 1990 a 2004, os investimentos em Ciência e Tecnologia (C&T) não acompanharam o crescimento do número de publicações. Nestes anos, as inversões brasileiras no setor permaneceram estagnadas em 1% do PIB, enquanto as dos norte-americanos correspondem a 2,4%. Ainda, os recursos recebidos pelos cientistas brasileiros, em média, neste período, seriam 75% menores que nos Estados Unidos."

"É necessário publicar pelo menos dez artigos a cada três anos, a fim de manter uma bolsa de produtividade em pesquisa do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), em algumas áreas. É insustentável dedicar-se constantemente a pesquisas inovadoras e de grande impacto com a obrigação de manter tal quantidade de publicações."


"Altas cobranças, baixos salários, dependência financeira em relação ao governo e dificuldade em comprar equipamentos necessários para pesquisa são fatores que, somados à burocratização, falta de agilidade na importação e alto custo de produtos e de insumos de pesquisas científicas, colocam muitos cientistas em posição nada competitiva, quando comparada às de países desenvolvidos."

"Ainda que em condições desiguais, o cientista brasileiro tem sido responsável por pesquisas científicas bastante relevantes no contexto mundial.
Um estudo realizado com base em dados do Centro Latinoamericano de Demografia mostrou que cerca de 1,2 milhões de latinos, com formação altamente qualificada, deixou seu país de origem entre 1961 e 2002, emigrando para os países desenvolvidos. Esta perda de cérebros, muitas vezes denominada brain drain, tem custo estimado de 30 bilhões de dólares apenas no tocante à formação acadêmica destas pessoas (aproximadamente 25 mil dólares per capita). Os custos indiretos, associados ao que estes profissionais economicamente ativos poderiam agregar ao PIB do país, transformariam a perda econômica em 400 bilhões de dólares. Ou seja, formamos cientistas qualificados que são absorvidos por outros países. Observamos que o brain drain se traduz em money drain."


domingo, 5 de outubro de 2008

Uma visão mágica da crise econômica mundial na UnB


Um economista premio Nobel não é deus. Nem um ex-diretor do Federal Reserve Bureau (Banco Central Americano). Nem Stiglitz e nem Greenspun são deuses e podem errar tanto quanto nós. Em tese, é claro, pois eles possuem um preparo intelectual em suas especialidades assombroso.

Para ser um bom cientista ou um excelente artista há antes de mais nada ter muita coragem. Ser uma espécie de personagem lendário, daqueles que vemos de vez em quando na história ou na literatura. A UnB parece ter uma dessas pessoas que coloca em cheque o pensamento corrente, o "main stream" da economia. Vale a pena ler a entrevista do Prof. Dr. Carlos Pio, do Instituto de Relações Internacionais, concedida à SECOM da UnB. Para apreciarmos criticamente.


Esta frase está lá na entrevista (clique aqui para ver). Se a idéia do Prof. Dr. Carlos Pio vir a ser comprovada em bases empíricas, ele será um sério nome para concorrer à Presidencia de algum Banco Central; ou a um Nobel de Economia. Ou no mínimo ao Prêmio IgNóbel, aquele dado anualmente aos cientistas com as pesquisas mais inusitadas.

Sobre o IgNobel o blog do prof. Marcelo Hermes-Lima traz umas informações interessantes. Dois brasileiros ganharam esse ano. Clique e veja.

sábado, 4 de outubro de 2008

Cálculo da remuneração de servidor público pode ser alterado a critério da administração


O STJ indeferiu solcitação de servidores públicos do Rio de Janeiro, que pediam a manutenção da gratificação por titulação. Os servidores já haviam perdido em primeira e em segunda instância. O indeferimento baseou-se na MP 2.048-27/00 que modificou o regime de cálculo.

Veja abaixo ou clicando aqui, a informação completa e tire as suas conclusões:

"Os servidores públicos têm resguardado o direito à irredutibilidade de vencimentos e proventos (proventos: valores relativos à aposentadoria), mas não possuem direito adquirido com relação ao regime de remuneração.

Isso significa que o cálculo dos valores que compõem a remuneração, como gratificações, adicionais, entre outros, pode sofrer alterações promovidas a critério da Administração Pública, não sendo permitida, apenas, a redução da remuneração. Esse é o entendimento da Quinta Turma do STJ."

Professor: quantos por cento representam em seu contra-cheque as gratificações? Que tamanho será a crise no ano que vem?

Uma história de futebol de arrepiar: a partida da morte


"A história do futebol mundial inclui milhares de episódios emocionantes e comovedores, mas seguramente nenhum seja tão terrível como o protagonizado pelos jogadores do Dinamo de Kiev nos anos 40. Os jogadores jogaram um partida sabendo que se ganhassem seriam assassinados e, no entanto, decidiram ganhar. Na morte deram uma lição de coragem, de vida e honra, que não encontra, por seu dramatismo, outro caso similar no mundo."
Veja a história completa clicando aqui, no blog da Marise.Vale a pena!

A crise do capitalismo e o plano para salvá-lo