FAMÍLIA PIMBAU
Família alentejana decadente, surgida de casamentos arranjados entre a extrema vaidade e a falta de pudor. Fortemente apoiada pelo alto clero da religião oficial do Grão-Ducado da Conservadura, a família tem participado ativamente dos ritos tradicionais da inquisição, tripudiando e difamando os anti-dogmáticos em festas luxuriantes restritas à nobreza. Família reconhecida por sua produtividade em criação de semoventes para exportação embora seja de pouca expressão na reprodução destes animais em terras próprias. A família demonstra um grande temor de perder os títulos nobiliárquicos conquistados durante o período da Década Gorda, quando em favores ao rei, praticou a intolerância religiosa e a perseguição aos mouros infiéis. Durante a ocupação ibérica, a família organizou ativamente a resistência, recrutando os seus exércitos enfatiotados e munidos de alforjes recheados de provimentos para o avanço da primavera. São incensados pela nobreza, mas absolutamente desprezados pelos artífices, aprendizes, ferreiros, camponeses e o grosso da população. O tradicional desprezo pela ordem jurídica e pelos anseios da plebe rude criou a fama de uma família desumana. Um pequeno grupo de historiadores os coloca na linhagem de Torquemada. O mais provável é que tenham preservado as lições do grande mestre do terror da inquisição. Um dos seus patriarcas tem pendores à dramaturgia, como bem ilustra a Opereta “O retorno do presente para o futuro”, de sua autoria, encenada apenas para os Cavaleiros da Tábua Quadrangular e seus servos. Há um consenso entre os historiadores e jurisconsultos que a ascensão ao poder levaria a uma revolta sem precedentes em terras ibéricas e nações amigas, pelo retrocesso que possa impor na ordem legal e jurídica internacional. As pitonisas dão como certa a improbabilidade de tal desastre.
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