domingo, 17 de agosto de 2008

COTISTAS POR ETNIA DERRUBAM PRECONCEITOS


Cotistas da UnB só perdem em exatas

Cotistas da Universidade de Brasília têm rendimento melhor do que os demais alunos na área de Humanas, mas suas notas são piores em Exatas. Para ler a matéria completa que foi publciada no Correio Braziliense clique aqui.

Acompanha a reportagem a entrevista de dois professores da UnB, com visões pró e contra as cotas. Um dos professores, Paulo Cesar Nascimento, reconhece problemas raciais mas desqualifica as cotas raciais como sendo uma estratégia alienígena e ineficiente ao Brasil. Faltou consistência no argumento do respeitável docente. A matéria do Correio, baseada em pesquisa com método científico rigoroso, mostra exatamente o contrário. Demonstra que as cotas estão inserindo na sociedade, de forma parcimoniosa e eficiente, um grupo alijado de cidadãos com teores de melanina diferentes, que jamais teria a oportunidade nas próximas gerações, de acesso ao ensino superior "gratuito". A probreza no Brasil tem cor. Os cotistas não são uma elite, como pensa o professor. São cidadãos que vêm de camadas menos abastadas da sociedade. O professor afirma que "
Muito mais eficiente para resolver as desigualdades raciais brasileiras seria uma aposta em cotas sociais que beneficiassem, a partir do ensino básico, a população mais pobre, onde se encontra a maioria das pessoas não brancas." O nobre mestre parece estar mais propenso à jogatina social ao crer em apostas em políticas de assistência ao ensino básico de uma forma genérica. O nobre cientista politico se nega a ver nos dados que as cotas estão cumprindo o seu papel de inserção social. E afirma que "seria mais eficiente" um método ou técnica de políticas sociais, sem ter dados concretos, experiências, dados paramétricos e não-paramétricos para provar a sua predição. É uma tese atraente como o desenvolvimento de um força anti-gravitacional para diminuir a dependência do mundo de petróleo combustivel. O professor tem que se basear em dados. E os dados mostram que a assistência ao ensino básico está sendo implementada há algumas décadas, em muitos estados brasileiros e que, antes das cotas, nem por isso os afrodescendentes ingressaram em maior proporção na universidade brasileira. Os fatos e os dados são mais fortes do que as crenças no método centífico. A crença gera forças para o trabalho e alimenta a perseverança. A todo remédio, corresponde uma dose tóxica: a crença também serve para fomentar o obscurantismo, a inércia, o conformismo e o preconceito. Prof. Vanner Boere IB/UnB

Nenhum comentário: