quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

As imagens de 2008



São mostradas em três partes. Algumas são chocantes e doloridas; outras são lindas. Veja aqui:
Parte 1
Parte 2
Parte 3

Este é o último post desse blog, que se encerra aqui. Muito obrigado aos leitores !

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

XDR - TB, a mais terrível das variantes de tuberculose


XDR-TB é a abreviatura da tuberculose extremamente resistente às drogas. Uma em cada três pessoas no mundo está com o germe dormente da TB. Qualquer doença crônica (HIV, hapatiite, etc), idade avançada ou o uso de substâncias que baixem a imunidade, pode tornar a bactéria ativa. O tratamento tradicional não funcona nesse tipo de infecção, devendo o paciente ser tratado com uma terapia diferenciada.
Um site, o XDRTB.org, se dedica a uma campanha mundial para o controle da doença. A doença depende de uma ação global, pois não atinge somente os países miseráveis. A doença pode estar ao seu lado. Clique no site e conheça a XDR-TB. A adesão à campanha é uma forma eficaz de deter a XDR-TB. No site há fotos dramáticas, como essa acima, de uma senhora indiana tomando a medicação diária e respirando oxigênio. As imagens são do jornalista James Nachtwey, um dos principais envolvidos na campanha.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Bolívia se torna livre do analfabetismo


Se conhecer é o caminho para a libertação, a Bolívia deu um passo gigantesco neste último sábado, dia 20 de dezembro. A Bolívia foi declarada livre do analfabetismo. A iniciativa foi uma ato conjunto com alfabetizadores de Cuba e Venezuela. Aliás, a Venezuela já havia sido alfabetizada há dois anos atrás com a ajuda de Cuba.
Um índio governando o segundo país mais pobre das Américas, catalisou essa proeza, essa dívida de 5 séculos de exploração e escravidão cultural.

Alguns fatos curiosos marcaram esse processo alfabetizador.
Primeiro, a alfabetização foi uma libertação feminina, porque em torno de 85% dos analfabetos do país eram mulheres.
Segundo, a alfabetização teve como meio auxiliar, 30 mil televisores e videocassetes por onde eram transmitidas as aulas, auxiliadas por facilitadores. Esses televisores foram doados por Cuba.
Terceiro: a Bolívia tem graves problemas de geração e distribuição de energia elétrica, apesar do excedente (exceente?) de gás. Onde não havia eletricidade, foram instalados geradores alimentados por painéis solares, doados por Cuba e Venezuela.

Os custos da empreitada: 36,7 milhões de dólares.
Tempo da campanha: 3 anos

Repercussão na história: 500 anos de atraso sendo realocados para a hodiernidade.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Um sapato contra 600 bilhões de dólares em violência, ganância e barbárie

Adolescente ferido no Iraque.
600 bilhões, hoje, 23 h de 18/12/2008 (fonte Zfacts).

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Banco Central mantem os juros em 13,75%



Claro. Não é ortodoxia ou teologia ortodoxa econômica. São mãos de seda que assinam a Ata do COPOM. Mãos lavadas com pó de pérolas. Nada melhor do que um momento de crise como esse para fomentar a dependência da produção, da administração do estado e do trabalho ao capital financeiro especulativo. A estagnação da economia é o vapor sulfuroso para necrosar um governo que sobrevive de suspiros. Prepare-se para a queda de um dos presidentes no Brasil: ou Henrique Meirelles ou Lula da Silva.

domingo, 7 de dezembro de 2008

Futebol, do imponderável ao pragmatismo de resultados



O futebol é um esporte universal. Ainda falta muito para que se analise sob o ponto de vista sociológico, antropológico, sociobiológico e comportamental esse esporte que tem encantado o planeta terra. Correr atrás de uma bola, defender, tomar, fazer o gol, a vibração, o sentimento de pertencimento a um grupo, a uma tribo mesmo que efêmera e isolada no caos mundial, é arrebatador. Contaminante, uma febre de desejos, de aritmética, de geometria do impossível. De desejo por uma natureza surreal, uma aposta na quase impossível trajetória da bola, contrariando as leis comuns da física e da química. Futebol é a excepcionalidade da regra. A interface entre arte e ciência. Há um consenso de prazer tácito entre os que participam desse esporte, desde a faixa de Gaza ao subúrbio de Berlin; dos Palancas Negras de Angola ao campo do Utah Valley State College. O Brasil com seus milhares de times formais e milhões de times formados e desformados a cada hora, é o paradigma inigualável dessa contravenção ao ordenamento e ao sequenciamento cartesiano da tática e da estratégia.
Um encantamento assim não poderia ficar incólume ao mercado. Aliás, é o mercado que sustenta o espetáculo. As vezes o espetáculo é o mercado. Onde se vendem chuteiras, meais, calções, símbolos, flâmulas e jogadores. Onde se vendem e se compram reputações e regras morais.
A estranha (es)história de tentativa de suborno de um árbitro para o jogo decisivo do campeonato brasileiro de 2008, faz parte dessa feira de negócios, que geram milhões de patacas. E votos. Votos que foram computados quando o imponderável Ricardo Teixeira, presidente da Confedaração Brasileira de Futebol, fez uma jornada pelos gabinetes atapetados do Congresso Nacional, desconfigurando a CPI do futebol.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Um texto magnífico do filósofo Cristóvão Feil


"O velho Hegel cantou a pedra"

O real enfeitiçado

“O indivíduo está sujeito à completa desordem e aos riscos do todo. A massa da população está condenada ao trabalho embrutecedor, insalubre e inseguro das fábricas, manufaturas, minas, etc. Ramos inteiros da indústria, que sustentam largas faixas da população, entram subitamente em falência, seja porque a moda mudou, seja porque os valores de seus produtos caíram por conta de novas invenções em outros países, seja por qualquer outra razão. Massas inteiras são assim abandonadas à irremediável pobreza. O conflito entre a extrema riqueza e a maior pobreza, uma pobreza incapaz de melhorar sua situação, aumenta sempre. A riqueza…torna-se um poder predominante. Sua acumulação se processa em parte ao acaso, em parte através do modo geral de distribuição… O lucro desenvolve-se em um sistema multiforme que se ramifica por setores nos quais o pequeno negócio não pode lucrar. A máxima abstratividade do trabalho penetra nos tipos de trabalho mais individuais, e segue ampliando sua esfera. Esta desigualdade entre riqueza e pobreza, esta indigência e necessidade, tem como resultado a desintegração completa da vontade, a rebelião interna e o ódio”. (Hegel)
...
Assim, na modernidade do homem alienado, a consciência dos indivíduos está invertida, porque a própria realidade está invertida. A realidade do mundo das mercadorias é uma representação do real, não é o real. O real está enfeitiçado (fetichizado), reificado, transfigurado em representações subvertidas de sujeito e objeto. As mercadorias são sujeitos qualificados pelos homens, os homens são objetos quantificados pelas mercadorias. O homem sem qualidades, exaurido de humanidade, agora, não se humaniza, por que esbarra sem cessar na hostilidade dos objetos por ele próprio criados, mas que ele não os reconhece como seus. Há um objeto no meio do caminho da nossa humanidade. O nivelamento ético-moral dominante é uma metafórica sarjeta. O resultado dessa desumanização generalizada são os horrores do nosso cotidiano: a violência como reguladora da vida; a morte como normalização do conflito; a crescente fascistização das relações no trabalho, no trânsito, na vida urbana; o capitalismo de quadrilhas; a ciência que conspira contra a Natureza; a divinização do dinheiro; a dinheirização do corpo e dos afetos, etc., etc."

Vale a pena ler completo. É curto. Veja clicando aqui.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Ação da cruz roja Argentina - o homem derretido



Um ativista alertando sobre o aquecimento global, distribui panfletos no centro de Buenos Aires. Genial! Veja mais clicando aqui, no blog Comunicadores.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Piadas em Wall Street

Wall Street responde a crisis financiera con bromas

16:00 | 02/ 12/ 2008

Nueva York, 2 de diciembre, RIA Novosti. La recesión que azota a Wall Street, otrora un símbolo del poderío financiero de EEUU y hoy en día principal culpable de la crisis global, se manifiesta estos días no sólo en la pérdida de billones de dólares y miles de empleos sino también en bromas y chistes que circulan de boca a boca, en chats o por correo electrónico.

Y aunque sea una manera de reír con lágrimas, genera mayores esperanzas de estabilización que las promesas gubernamentales.

"Fui a comprarme una tostadora y me regalaron un banco" es uno de los chistes más recurrentes hoy en EEUU donde quebraron más de 20 instituciones financieras en lo que va de año.

La drástica caída de las bolsas dio origen a otro chiste, el de un ejecutivo anciano intentando tranquilizar a los accionistas: "Hace 40 años, vendí 500 títulos de nuestra empresa y me compré una camioneta Ford de 1967. La semana pasada, vendí otros 500 títulos y otra vez pude adquirir una camioneta Ford del mismo año".

El mercado hipotecario fue la primera víctima de la crisis que se desencadenó en verano pasado. Desde entonces, los precios inmobiliarios cayeron en un 20% como promedio. Como resultado, urbanizaciones enteras en las zonas turísticas de Florida y California permanecen ahora sin un solo inquilino.

"Elimine el elemento que está de más en la siguiente cadena lógica: sífilis, herpes, sida, condominio en Miami. La respuesta es sífilis porque se cura", bromean a este respecto los inversores.

Publicado hoje (2/12/08) na agencia RIA Novosti. Mantivemos o idioma espanhol para não perder a originalidade.

Capitalismus

Genial. Baseada em um filme de Ernst Ingmar Bergman.

Daniel Dantas é condenado a 10 anos de prisão



Deu em toda a imprensa do país. Cara de sorte, esse Daniel. Já pensou se é na China?

Charge por Ique.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

400 reais para assistir Goiás X São Paulo no Bezerrão


400 reais. Querem aproveitar que saiu o décimo terceiro salário e é o jogo final dos sãopaulinos e gremistas, para assaltar o espectador. Os dirigentes do time do Goiás (que determinam o preço), camungam aquela velha e preconceituosa idéia: Brasília é cidade de fácil vida e de dinheiro fácil. A visão do colonizador do século XVII: vir, expoliar e voltar.
Preço de Bezerrão. Assim não dá. Ninguém vai. Boicote nesses exploradores!