Ontem foi um dia histórico para a UnB. Formou-se o Comitê UnB Livre. Pela primeira vez em sua história recente, os três segmentos da Instituição (docentes, discentes e funcionários) firmaram um compromisso de rec0nstruir a UnB, com o paradigma da recuperação imediata da dignidade. O último compromisso deste tipo foi realizado há mais de 20 anos atrás, quando a reitoria era ocupada por um senhor nomeado pela ditadura militar. A união dos três segmentos democratizou a UnB.
Formou-se o Comitê UnB Livre. Agora, unidos contra um outro tipo de ameaça, os três segmentos se unem para recuperar a UnB dos sonhos de todos nós: pública, transparente, democrática, participativa, tolerante, solidária, justa, paritária, simétrica e livre. As conquistas daquela época foram muito parecidas com o que o manifesto UnB Livre irá resgatar agora, como a paridade, a maior clareza na gestão da Instituição etc. O Comitê UnB Livre tem um compromisso indissolúvel com os princípios do Manifesto. O Comitê UnB Livre é aberto aos três segmentos e a toda a sociedade.
Hoje já são 37 professores assinantes do Manifesto em Defesa da UnB (clique aqui para conhecê-lo) e muitos estarão assinando nos próximos dias. Muitos outros docentes solidários e/ou atemorizados estão esperando o agônico suspiro de uma gestão que já acabou (e que insiste em permanecer insepulta, querendo levar de arrasto o patrimônio moral da maior parte da comunidade acadêmica).
A pouca incisão por parte da direção do Sintfub, na crítica da falta de cuidado com a coisa pública e a opacidade administrativa, pavimentou o largo caminho para que muitos funcionários aderissem ao movimento da UnB Livre. O engrossamento das fileiras anti-timothy & cia não poderia ser melhor representado que por aqueles funcionários cujo compromisso com a Instituição é um compromisso ainda maior com a Universidade Pública e de qualidade, onde seus filhos e os filhos dos seus vizinhos, um dia poderão absorver um ensino de qualidade comprometido com a prática da cidadania.
O corpo discente (os estudantes), sempre presente e participativo nos rumos da UnB, novamente coloca-se à frente dos vacilantes pensadores. O movimento dos discentes desdiz aqueles sicofantas de plantão, que destratam os estudantes, olhando-os como uma massa amorfa, débil e imbecilizada. Ao contrário, o vigor, a vivacidade e a disciplina intelectual vista na reunião com as lideranças dos movimentos discentes (organizados ou não), pelos outros dois segmentos, são alísios definitivos nas velas da nau de nós todos, sonhadores. O caminho está traçado, a nau está navegando e o horizonte é a UnB Livre. O saber e a História da UnB são os tesouros mais preciosos que a nau UnB Livre carrega.
Ao bergantim timothy&cia sobram os redemoinhos escolhidos por um timoneiro que confiou a uns poucos o destino do tesouro do saber e da história desta UnB de todos nós. O bergantim timotista faz água e muitos estão abandonando a nave. Enquanto isso, alguns ideólogos preferem ver quimeras medievais, conspirações palacianas e fantasmas "fascistóides" que assombram a nau timotista. Talvez acostumados a verem somente isso no seu círculo mais próximo de marujos e capitães. Estes soçobrarão nas trevas dos seus próprios pesadelos, desesperados ao ver ao longe que a nau UnB Livre avança na história.
3 comentários:
Excelente texto, até erudito.
parabens aos professores com coragem da UnB.
Brasilia merece uma Nova UnB
abraços
um leitor anônimo
Parabéns pelo texto. EXCELENTE. Vamos em frente, seguindo as naus de um novo descobrimento. Pelo fim da dinastia dos todorovs, pelo fim da monarquia em nossa istituição, pela refundação republicana, por uma UnB verdeiramente livre.
Vamos todos juntos!
Todos que acreditam numa universidade pública digna...
Enquanto ainda ouver pessoas que sonham se colocam no front ainda há esperanças!
Parabéns professores!!
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